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Palmeiras mostra por que é o time mais difícil de ser vencido no continente
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O time que perdeu só quatro dos 54 jogos em 2022 está em mais uma semifinal de Libertadores. É a sétima vez na história, a quarta nas últimas cinco edições do torneio, que o Palmeiras chega nesta fase. Desta vez precisou superar muitas adversidades. A começar pelos jogadores de qualidade do Atlético, passando pela expulsão de Danilo ainda no 1º tempo, a de Scarpa no 2º. Mesmo assim foi muito competitivo e eliminou o Galo nos pênaltis
Abel Ferreira não teve desfalques para escalar o seu time ideal. Rony retomou a posição no centro do ataque e López ficou no banco. Já Cuca contou com o retorno de Guilherme Arana à lateral-esquerda. Otávio foi desfalque. Jair e Allan foram os volantes. Ademir formou normalmente na ponta-direita, assim como no jogo de Belo Horizonte.
O 1º tempo foi uma briga de foice no escuro! Palmeiras e Atlético têm o mesmo sistema de marcação. Encaixes e perseguições. Cada jogador tem um alvo adversário pré-definido de acordo com o setor do campo, e o persegue por um determinado espaço. Cumpriram isso com extrema intensidade. Foram agressivos até demais na abordagem de marcação e pouca coisa de positivo foi visto ofensivamente.
A proposta do Palmeiras era forçar situações de mano a mano pelos flancos. Por vezes com Dudu pela esquerda, em outros momentos com Scarpa pela direita. Liberavam espaço de circulação pelo meio para Zé Rafael e Raphael Veiga. Marcos Rocha e Piquerez também participavam desta forma. O Galo foi competente e impediu a criação. Um chute de Scarpa foi o mais perto que o alviverde chegou da meta.
O Atlético explorava alguns passes em profundidade para Ademir ou buscava aproximações pelo meio. Hulk, Zaracho, Keno, Jair e o próprio Ademir se procuravam nesta faixa do gramado. Os laterais passavam pouco, porém, o que prejudicava uma circulação de bola fluida. A marcação do Palmeiras também era extremamente competente, mas Danilo vacilou aos 29'. Deu uma solada em Zaracho e acabou expulso.
O fato motivou mudanças no Verdão. Scarpa foi para o lado esquerdo e Rony para o direito. Dudu passou ao centro. Os encaixes deixaram de acontecer o campo todo. Ficaram restritos apenas a Rony e Scarpa em Arana e Mariano. O restante marcou por zona, protegendo o espaço, e o Galo, mesmo mais tempo com a bola, teve dificuldades para entrar na defesa paulistana.
Cuca mexeu logo no início do 2º tempo. Ademir saiu para a entrada de Nacho Fernandez. O Atlético precisava mesmo de alguém com mais poder de articulação. Zaracho passou para o lado direito. Nem assim o Atlético conseguiu produzir em escala aceitável. Na prática teve uma grande chance. Jair mandou de peixinho pra fora um belo cruzamento de Mariano.
O Verdão seguiu se desdobrando com muita raça e organização, e tentando acionar Rony em contra-ataques. Conseguiu incomodar em algumas bolas paradas. Zé Rafael mandou pra fora e perdeu boa chance em um lateral cobrado na área. Como se não bastasse a situação complicada, o Palmeiras ainda teve Gustavo Scarpa expulso aos 36', após pisão no tornozelo de Allan.
Os paulistas até conseguiram segurar o empate e levar para os pênaltis, mas passaram por dois grandes sustos nos acréscimos. Veiga perdeu a bola para Alonso no campo de defesa e Vargas deixou Hulk na cara do gol, ele bateu pra fora. Na sequencia o próprio Hulk cruzou fechado da ponta-direita e a pelota beijou o poste direito. Ainda deu tempo de Vargas ser expulso por reclamação nos segundos finais.
Rubens parou em Weverton no sexto pênalti cobrado pelo Atlético. Murilo foi um dos seis batedores alviverdes a converter com precisão. De quebra, o Verdão exorcizou o fantasma das penalidades, já que havia perdido todas as últimas disputas.
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