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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

E agora, Felipão? Vitor Roque vai virar titular?

Colunista do UOL

11/08/2022 23h37

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Graças a Vitor Roque, o Athletico está classificado para as semifinais da Libertadores 2022. O atacante de apenas 17 anos, mais uma vez, mostrou que não pode ser preterido em relação a Pablo neste momento. Saiu do banco de reservas e novamente resolveu um jogo. O Furacão sofreu muito ao longo do jogo a marcou o gol da vitória nos acréscimos do 2º tempo. O time argentino protestou muito contra a arbitragem.

Ricardo Zielinski contou com o retorno do centroavante Leandro Diaz. O restante da equipe foi o mesmo que iniciou na Arena da Baixada. Um 5-4-1 como esquema tático. Já Luiz Felipe Scolari surpreendeu ao barrar Terans. Alex Santana, que foi muito bem no final de semana contra o Galo, entrou na meia-central. Pablo seguiu no ataque. Vitor Roque começou no banco.

O Estudiantes foi melhor no 1º tempo. Não é um time de longas trocas de passe ou jogadas tão elaboradas para criar. Trabalha muito na base das ligações diretas para Leandro Diaz ''aparar'' a bola e acionar um dos meias e alas. A ordem é jogar na área, empurrar o oponente para trás desta forma. E conseguiu! O Furacão até manteve a posse no ataque em alguns momentos, mas depois dos 30 minutos foi muito pressionado.

O grande problema do Athletico foi ser de fato contundente com a bola. Além da forte marcação dos argentinos, sentia dificuldades nos duelos físicos envolvendo Pablo, Canobbio e Cuello contra os defensores rivais. Fazia poucos movimentos de infiltração na última linha rival. As conexões não aconteciam. Sem progredir devidamente, não conseguiria criar diante de um adversário que sabe se defender.

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Como Estudiantes e Athletico começaram o jogo de volta, válido pelas quartas de final da Libertadores 2022
Imagem: Rodrigo Coutinho

Os Pinchas chegaram com perigo em três ocasiões antes do intervalo. E com dois dos três zagueiros. Sempre em bolas aéreas, o que dá o tom da forma de jogar da equipe. Morel e Rogel, duas vezes, chegaram bem perto de abrir o placar. Más e Godoy eram bem agudos pelos lados. Zuqui distribuia passes com desenvoltura. Batia também os escanteios e faltas laterais.

Os paranaenses até tinham atenção. Competiam e bloqueavam as investidas dos anfitriões, mas passavam um sufoco. Melhoraram um pouco a agressividade com a bola, mas faltava poderio para os duelos físicos e repertório coletivo de jogadas Com muito atraso, Felipão sacou Pablo e Canobbio para as entradas de Vitor Roque e Rômulo.

Os argentinos seguiam mais presentes no ataque e alçando bolas na área assim que passavam do meio-campo. Tiveram um gol mal anulado aos 18'. Lollo pegou um rebote e marcou, mas o árbitro marcou impedimento de Morel, que não chegou a atrapalhar Bento no lance. O 2º tempo foi de sufoco até o final. Bento fez duas ótimas defesas e Mauro Mendez perdeu uma chance cara a cara nos acréscimos.

Quando a partida parecia se encaminhar para os pênaltis, Vitor Roque apareceu! Ele dividiu com o goleiro Andujar após um cruzamento de Vitinho e marcou de ombro o gol que deu a Felipão o direito de disputar a sua sexta semifinal de Libertadores, é o recordista entre os treinadores.