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É difícil pensar o meio-campo do Glorioso sem Lucas Fernandes
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O Botafogo não faz um grande Campeonato Brasileiro. Em meio às transformações financeiras e administrativas do clube em processo inicial de SAF, e a chegada de muitos jogadores, além de uma nova comissão técnica, poucos têm se destacado. Abordei aqui o ótimo início de Jeffinho, mas é preciso ser justo com outra figura que entrega regularidade em bom nível na equipe. Trata-se do meia Lucas Fernandes. Dificilmente ele não joga bem.
Falando de um contexto de dificuldade para produzir jogadas de perigo, já que o Botafogo é o quinto time que menos cria chances reais de gol na Série A, a situação poderia ser ainda pior sem o camisa 18. Lucas chegou em meados de abril e não demorou para conquistar uma vaga de titular. Desde o jogo contra o Goiás, pela 9ª rodada, não saiu mais da equipe.
Dentro do 4-1-4-1 que Luis Castro costuma montar, o meia de 24 anos atua na '' segunda linha de meio-campo'', sempre centralizado mais pelo lado esquerdo ou direito, à frente do volante. Ainda não fez gols com a camisa alvinegra, mas deu duas assistências e cria ao menos uma chance real a cada dois jogos. Considerando o padrão do time, é um bom número.
Lucas pertence ao Portimonense, clube da 1ª divisão de Portugal, e jogou quase três temporadas lá depois de ser revelado pelo São Paulo. Foi emprestado até dezembro de 2023 e o Glorioso terá que exercer a compra do atleta caso ele chegue a 70% de participação nos jogos oficiais neste período. Algo que, salvo alguma lesão ou queda brusca de desempenho, deve acontecer. Até o momento participou de 69% das partidas.
Destaque na base do Tricolor Paulista, subiu para os profissionais e estreou em 2016, com Edgardo Baúza. Fez mais de 50 jogos pelo clube antes de se transferir por empréstimo num primeiro momento. Foi comprado por pouco mais de dois milhões de euros em agosto de 2019. Completou 96 jogos pela equipe portuguesa, 73 como titular, marcou quatro gols e deu nove assistências.
Foi importante para o time do sul de Portugal em alguns períodos e acabou muito prejudicado por uma lesão de ruptura nos ligamentos cruzados do joelho, em novembro de 2020. Até por isso há a cláusula de taxa de participação de jogos para que o Botafogo exerça a compra.
A principal característica de Lucas Fernandes é a qualidade no passe e o potencial de articulação na intermediária adversária. Boa visão e decisões coerentes com a realidade que o jogo apresenta. Chute potente de fora da área e cruzamentos precisos. O futebol europeu contribuiu com mais intensidade e força física em seu estilo. Participa muito mais na marcação do que fazia anteriormente.
Isso, inclusive, tem possibilitado a escalação de um meio-campo com aletas mais leves e criativos em determinados jogos. Tchê Tchê, Lucas Fernandes e Carlos Eduardo formaram o setor diante do Ceará. Contra o Dragão, o meia está suspenso, e Luís Castro terá problemas para substituir o jogador que mais cria situações de perigo em um time carente neste quesito.
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