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Classificação nas Copas foi o vestibular do São Paulo para pegar o Flamengo
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Mesmo com um homem e menos, o São Paulo segurou um empate contra o América e se classificou para as semifinais da Copa do Brasil. Agora faz companhia ao Flamengo no grupo de times vivos em três campeonatos em 2022. Iguais neste aspecto, mas diferentes na qualidade dos elencos. O espírito resiliente visto nas recentes classificações das Copas terá que aparecer de novo
Na última semana, diante do Ceará, o time paulista já havia conquistado o direito de jogar as semifinais da Copa Sul-Americana num cenário de sofrimento bem parecido. Um belo exercício para o que deve ser os 180 minutos contra o rubro-negro carioca.
Vagner Mancini não pôde contar com o zagueiro German Conti e o meia Benítez. Ricardo Silva entrou na zaga e Alê formou o meio-campo. Eder atuou de volante. Lucas Kal saiu do time. Danilo Avelar e Wellington Paulista ganharam espaço. Já Rogério Ceni contou com os retornos de Jandrei e Rafinha. O primeiro foi titular. Gabriel Neves, suspenso, deu lugar a Pablo Maia. Patrick começou no banco.
Mesmo com a vantagem conseguida no jogo do Morumbi, o São Paulo não especulou com o América. Começou a partida de forma agressiva. Buscou a imposição. Marcou forte em bloco médio ou baixo, teve inteligência para proteger os espaços próximos de sua área, e ao mesmo tempo apresentou encaixes e perseguições intensas. Na parte ofensiva, acionou Calleri em bolas diretas, e criou na sequência.
Igor Gomes e Luciano ofereciam bons apoios para receberem as escoradas do camisa 9. Rodrigo Nestor e Igor Vinícius chegavam ao terço ofensivo. O América, que também marcava por encaixes e perseguições, não conseguia vencer os duelos individuais e se ''espaçava''. Grandes lacunas entre os defensores se abriam. O São Paulo demorou a aproveitar. Errou decisões, mas conseguiu marcar dois gols ainda na 1ª etapa.
Luciano recebeu de Nestor aos 22' e abriu o placar em bela finalização da entrada da área. Na sequência, serviu Reinaldo, que bateu por cima e perdeu boa chance. O próprio Luciano, porém, faria o segundo em subida de marcação bem-sucedida do Tricolor. Diego Costa interceptou um passe longo e Calleri ganhou o duelo com Ricardo Silva para deixar o camisa 11 em condições de balançar as redes novamente.
O América, que até aquele momento errava seguidamente na tentativa de se aproximar da meta tricolor, passou a incomodar ao acionar Pedrinho bem aberto pela esquerda. Alê e Juninho entraram no jogo e trabalharam bem na intermediária ofensiva. Raul Cáceres foi efetivo pela direita. Diminuiu o placar aos 41', em pênalti cobrado por Wellington Paulista, aproveitando a bola na mão de Reinaldo em disputa aérea.
Vagner Mancini sacou Iago Maidana no intervalo e colocou Matheusinho. Recuou Éder para a zaga. Deixou o time leve e insinuante, mas exposto. Rodrigo Nestor invadiu a área em contra-ataque no primeiro minuto e chutou cruzado para a boa defesa de Cavichioli. O São Paulo protegia bem a área, mas as coisas desandaram aos 12 minutos. Miranda fez falta em Everaldo. Levou o segundo amarelo e acabou expulso.
Nove minutos depois, Pedrinho, um dos melhores em campo, fez boa jogada em cima de Igor Vinícius e cruzou a meia-altura para Everaldo marcar na pequena área. A pressão americana era contemplada com basicamente 30 minutos pela frente e um homem a mais em campo. O Coelho bem que tentou, mas o Tricolor se mobilizou para impedir finalizações em um cenário de muitas bolas alçadas na área.
O desempenho do São Paulo em 2022 é extremamente irregular. O jogo desta quinta-feira acaba sendo um retrato disso. Mas o time não deixa de ser competitivo. Como se diz por aí ''sabe sofrer''. Isso será fundamental para superar o favorito Flamengo.
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