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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Neymar tem melhor início de temporada da carreira no promissor PSG

Colunista do UOL

06/09/2022 17h52

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Com a genial assistência dada para o primeiro gol de Mbappé na vitória do Paris Saint-Germain sobre a Juventus por 2x1, na estreia de ambos no Grupo H da Champions League, Neymar alcançou impressionantes 16 participações diretas em gols nos primeiros oito jogos da temporada. A cada 90 minutos, o brasileiro tem participação direta em dois tentos de sua equipe. Dado impressionante!

Superou 2017/2018, quando foi protagonista em 15 gols no mesmo período de jogos. É uma grande notícia não só para as pretensões do time francês, que busca o primeiro título de Champions League da sua história e vem jogando muito bem, mas também para a Seleção. Há menos de três meses da Copa do Mundo, Neymar parece estar muito focado para alcançar velhos sonhos. São nove gols e sete assistências até aqui.

Christophe Gaultier escalou o que tinha de melhor, incluindo o trio fantástico de ataque que possui. Já Massimiliano Allegri teve muitos desfalques. Di Maria, Szczesny e Pogba foram os principais. Montou uma linha de cinco na defesa, com Danilo como zagueiro. Kostic e Cuadrado foram os alas. Alex Sandro ficou no banco.

Nada como o talento e a organização para combinar as características e furar uma defesa fechada. Assim o PSG venceu a última linha da Juventus logo aos cinco minutos. Mbappé tabelou com Neymar e recebeu de volta na área, em cavadinha magistral do brasileiro, para bater forte e superar Perin. A pretensão alvinegra era bloquear ações desta natureza e explorar os contra-ataques, mas não deu certo.

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Como PSG e Juventus estrearam na Champions League 22-223
Imagem: Rodrigo Coutinho

A tranquilidade com que o time francês controlou a 1ª etapa chegou a assustar. Com a vantagem construída cedo, se deu ao luxo de só acelerar e buscar a profundidade nas costas da defesa italiana quando o rival fazia a menção de adiantar-se para pressionar. No restante do tempo trocou passes com classe e desenvoltura, se aproximou no setor da bola. Botou a Juventus na roda em diversos momentos. Um passeio!

Os visitantes chegaram assustar em cabeçada de Milik aos 18'. Ele aproveitou um belo cruzamento de Cuadrado e superou Sérgio Ramos pelo alto. Donnarumma espalmou. A resposta veio no melhor estilo Paris. Verrati tabelou com Messi e serviu Mbappé, que fez nova tabela com Hakimi antes de fuzilar a rede adversária pela segunda vez. Liberdade de movimentação somada à inteligência e ótima ocupação de espaços.

O time da casa não sofria na defesa. Posicionava-se com correção para proteger a área e controlava os avanços adversários. Deixava a troca de passes fluir até a intermediária ofensiva, mas a partir dali nada acontecia.

McKennie entrou no lugar de Miretti no intervalo. O PSG perdeu duas grandes chances de ampliar antes dos cinco minutos com Neymar e Mbappé. Por parte do francês, uma bela dose de preciosismo. O brasileiro aguardava livre um cruzamento na pequena área enquanto o francês bateu, desequilibrado, na rede pelo lado de fora.

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Mbappé comemora gol pelo PSG no duelo contra a Juventus pela Liga dos Campeões, em Paris. 06/09/2022
Imagem: FRANCK FIFE/AFP

A punição foi pesada. O time italiano mostrou a envergadura de sua camisa ao crescer em um jogo em que era amplamente dominado. Kostic recebeu de Paredes em escanteio curto pela esquerda e cruzou na segunda trave. Donnarumma saiu mal e McKennie marcou de cabeça. Na sequência, o goleiro italiano fez um milagre em cabeçada de Vlahovic na pequena área. Rabiot chutou com perigo de fora da área. O jogo virou!

Restava ao time da casa retomar o controle. E nada melhor do que usar e abusar das aproximações centrais entre Neymar. Messi e Mbappé. O francês recebeu uma linda assistência desta forma e perdeu grande chance. Messi assustou em dois chutes na sequência. Locatelli respondeu pela Juve. Neymar quase marcou o terceiro nos últimos minutos. Mbappé também parou em Perin depois.

O jogo aberto deu sustos nos franceses, algo que parecia improvável no 1º tempo, mas não foi suficiente para impedir o resultado justo pelo que foi visto em campo.