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Militão projeta luta por titularidade na seleção e compara Tite a Ancelotti
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Entre os nomes garantidos da seleção na Copa do Mundo que começa daqui a pouco mais de dois meses é o zagueiro Éder Militão. Revelado pelo São Paulo, destaque no Porto e titular incontestável do Real Madrid. A carreira do defensor tem tido uma projeção basicamente perfeita. Em entrevista exclusiva à coluna, ele não escondeu que nutre esperanças de ser titular no Catar e detalhou as particularidades entre Ancelotti e Tite.
Qual é o balanço que você faz dessas três temporadas de Real Madrid?
EM: O meu primeiro ano não foi tão bom porque não tive tanta sequência de jogos. Já havia uma dupla de zaga atuando. O Varane e o Sérgio Ramos. Tinham conquistado tudo pelo clube. Sabia da dificuldade que seria para encontrar espaço. A partir do final da minha segunda temporada passei a ter mais oportunidades e, no último ano, eu pude apresentar o meu futebol mais frequência. Dei a resposta e apresentei um bom rendimento. Foi muito difícil conquistar esse espaço. Respeitei os outros jogadores que estavam na posição e hoje posso ter essa confiança.
São cinco títulos em três temporadas com o maior clube do Mundo. Isso é sentido dentro do clube pelos jogadores? A questão da camisa e da mística?
EM: Nós nunca desistimos. A meta é óbvia, é sempre ganhar. Conseguimos reverter todos os resultados na última Champions League e todos sabem da grandeza do clube quando chegamos na reta final. Mas conseguimos isso com muita dedicação. Creio que os outros times sintam sim.
Quais as principais diferenças de convivência com um treinador brasileiro e um estrangeiro? O que poderia falar do Ancelotti mais especificamente?
EM: Trabalhei com o Rogério Ceni, Dorival Junior e Aguirre no São Paulo. São perfis totalmente diferentes em relação aos técnicos europeus. Intensidade de treinamento, as coisas que os treinadores daqui pedem. São muitas coisas diferentes. Já o Tite é muito parecido com o Ancelotti. Muito preocupado com a parte tática. Trabalha demais desta forma com a gente. O ''atacar marcando'' para se preparar e defender de um contra-ataque adversário. Acredito que o Abel Ferreira também tenha um pensamento igual ao dos técnicos daqui.
Como você enxerga a briga por posição no time do Brasil para a Copa? Você começou como titular em oito dos últimos 15 jogos.
EM: Tem ótimos jogadores disputando a posição. Thiago Silva, Marquinhos, além de outros que podem ser chamados, mas é um sonho. É a minha primeira Copa. Penso nisso todos os dias, em cada treinamento e em cada partida. Me dedico ao máximo para que essa oportunidade chegue, sempre com muito respeito aos companheiros. Quero conquistar a confiança de todos e se Deus quiser trazer esse Mundial para o Brasil.
Se sente confortável jogando como lateral-direito? Poderia atuar assim na Copa do Mundo?
EM: Me sinto bem sim. Foi a posição em que eu me destaquei no São Paulo. Joguei metade de uma temporada desta forma também no Porto. Aqui no Real só atuei uma vez assim. Sempre que joguei na função fui bem. Até joguei alguns minutos assim no último amistoso do Brasil. Se o Tite precisar vai ser uma honra ajudar.
Tem feito algum preparo diferente para essa temporada? Físico, mental, tático? Ou segue o mesmo planejamento das últimas temporadas?
EM: Tenho um personal que complementa os trabalhos. Ele vai montando de acordo com aquilo que eu faço no Real. Ele me pergunta como me sinto após os treinamentos e vai adequando. Pego firme na academia na parte da tarde. Tenho também a câmara hiperbárica em casa para me ajudar nas recuperações.
Acha que está entre os melhores defensores do Mundo?
EM: Acho que estou no meio do caminho. Não vou me colocar no topo porque acho que ainda faltam algumas coisas para alcançar um nível mais alto. Sei que tenho qualidade para chegar lá, mas também tem outros zagueiros que são excelentes. Sérgio Ramos, Thiago Silva e Marquinhos são minhas referências. Se Deus quiser, ainda serei o número 1.
Qual foi o jogador mais difícil de marcar que já encarou na Europa?
EM: Sem dúvidas o Mbappé. Se você piscar ele vai dentro do gol. É o cara mais difícil de marcar. Muito rápido e inteligente para se movimentar.
Sérvia, Suíça e Camarões. O que acha que terá de dificuldades contra essas três equipes na Copa do Mundo?
EM: Sabemos que contra o Brasil a dedicação sempre vai ser maior. Eles têm noção da repercussão e o destaque que ganham se vencerem a nossa Seleção. Temos que estar preparados para encarar essa realidade. É uma competição muito difícil. Atenção nos detalhes é primordial. Jogos grandes são assim. Quem erra menos sai com a vitória. Atenção em todos os pontos para a nossa qualidade se sobressair.
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