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Inter merece o mesmo tratamento que Flamengo e Corinthians já tiveram
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A vitória do Colorado sobre o Atlético-GO, fora de casa, foi a quinta da equipe nas últimas seis rodadas. Se fixa na vice-liderança do Brasileirão e está a oito pontos do Palmeiras. É difícil chegar. O desempenho do Inter não foi tão bom hoje, mas tem sido bem satisfatório. A escalada, porém, talvez seja mais complicada pelos poucos pontos desperdiçados no lado paulista.
Mesmo assim, desconsiderar o Colorado na caçada é no mínimo incoerência. O Corinthians era exaltado quando era vice-líder e jogava mal. O Flamengo tinha futebol, mas uma diferença parecida de pontos para o Palmeiras há poucas rodadas atrás. Vale sonhar e acreditar!
Eduardo Baptista não teve Luiz Fernando e Jorginho no Dragão. Dudu, Lucas Gazal, Churín e Airton ganharam oportunidade. Marlon Freitas seguiu no banco. Já Mano Menezes não pôde contar com Daniel, Johnny e Wanderson. Keiller, Edenilson e Pedro Henrique entraram no Colorado.
Muitas vezes a boa ou má fase de uma equipe é utilizada para explicar o que acontece dentro dos 90 minutos. O duelo de hoje é mais um neste contexto. O Dragão começou bem a partida. Seja em contra-ataques bem organizados ou em fase ofensiva, pelo lado esquerdo, com Wellington Rato e Arthur Henrique em dobradinha entrosada, conseguia levar perigo ao gol colorado e por pouco não abriu o placar.
Airton. Rhaldney e Wellington Rato finalizaram com contundência, mas sem a direção da meta. O Inter não conseguia circular a bola da mesma forma que os anfitriões. Sofria para encaixar a marcação também, mas lutava bastante, e isso gerava alguns bons contra-ataques pós-roubada de bola. Em um deles, Alemão descobriu Pedro Henrique no bico esquerdo da grande área, ele cortou pra dentro e chutou forte para marcar.
O tento abalou demais os donos da casa, e fez os visitantes crescerem. A esta altura do campeonato, quem luta contra o rebaixamento, precisa ser preciso nas chances que cria. Caso contrário, sofrerá, principalmente se o adversário estiver embalado e possuir mais qualidade técnica. Não demorou para Pedro Henrique marcar o segundo dele. Completou cruzamento de Maurício a meia altura aos 34'.
O jogo ficou bem aberto nos minutos finais da 1ª etapa. O Dragão se desorganizou. Deu espaços. Alemão e Gabriel quase marcaram o terceiro. Lucas Gazal, em cabeçada forte após cobrança de escanteio, fez com que Keiller trabalhasse para evitar o gol. Era uma demonstração que o rubro-negro não estava morto, mas muito ferido. Shaylon foi sacado no intervalo para a entrada de Kelvin.
O time da casa ficou o tempo quase todo com a bola no campo de ataque na 2ª etapa. O Inter se retraiu mais e tentou explorar os contra-ataques. Alemão teve boa chance para marcar o terceiro em contra-ataque puxado por Alan Patrick aos sete minutos. Renan saiu bem da meta e abafou. As coisas começariam a mudar para o Atlético com a entrada de Marlon Freitas. Ele substituiu Rhaldney aos 18' e o time cresceu.
Mesmo com a queda recente de produção e um pré-contrato assinado com o Botafogo para 2023, é difícil entender o motivo de Marlon ter começado no banco. Em três minutos no gramado, ele deu um lançamento primoroso para Airton cruzar rasteiro da linha de fundo. Churin se antecipou ao zagueiro e marcou.
O Inter encontrava dificuldades para reter a bola ou contra-atacar a partir da entrada de Marlon Freitas. Wellington Rato e Klaus chegaram muito perto de empatar. Mano tentou devolver a agressividade do seu time com as entradas de Liziero, David, Carlos de Pena e Braian Romero. E conseguiu. Maurício e Braian Romero poderiam ter ampliado, mas perderam boas chances, principalmente o argentino.
Ricardinho, que havia entrado para fazer dupla de área com Churín, mandou por cima a chance do empate, ao bater por cima de dentro da pequena área. Não aproveitou o bom cruzamento de Léo Pereira e o Dragão segue na vice-lanterna do Brasileirão.
O Colorado chegou a 49 pontos. Voltará a disputar a Libertadores, tem grandes chances de se classificar diretamente para a fase de grupos, e mira o quase inalcançável Palmeiras.
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