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Pouca criatividade do Vasco pode ser principal entrave para subir
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Se a Série B terminasse hoje, o Vasco estaria entre os quatro classificados para a elite do futebol brasileiro em 2023 e evitaria a disputa de uma sexta ''Segundona'' em sua história. O problema é que o desempenho do time não passa a menor segurança de que isso se manterá até o final da competição. Melhorar o rendimento ofensivo é primordial para evitar o pior nas próximas sete rodadas.
Jorginho é o terceiro técnico efetivo da temporada. Zé Ricardo e Maurício de Souza já ocuparam o posto e Emilio Faro foi interino durante oito jogos. Com qualquer um dos treinadores citados, havia um problema em comum: a falta de produtividade.
Mesmo quando vencia e convencia sob o comando de Zé Ricardo, não se tratava de uma equipe necessariamente criativa. Era um time de imposição física. Sistema defensivo sólido e praticidade para definir rápido as jogadas.
Viu essa característica e a confiança ruírem assim que os jogos com Maurício de Souza foram acontecendo. Faro, que era auxiliar de Zé, não conseguiu retomar a rotina, e agora o Cruzmaltino tem um coletivo sem padrões bem definidos para atacar, o que gera poucas possibilidades de marcar, além de causar abalo mental com as oscilações nos resultados.
Um olhar mais raso sobre os gols marcados pode causar outra sensação. O Gigante da Colina tem o terceiro melhor ataque da competição com 35 gols marcados. Está atrás apenas de Grêmio e Cruzeiro. A realidade é que este é um dado ''contaminado'' por partidas em que o Vasco já tinha a superioridade, vencia, e fez gols em sequência na reta final dos 90 minutos. Em duelos mais parelhos, a dificuldade é imensa!
Pode se falar do nível técnico do elenco, mas na realidade da Série B, o Vasco dispõe de um material humano que pode entregar mais. Basta olhar para o elenco do Londrina, por exemplo, time que chega mais perto de ameaçar o acesso dos cariocas neste momento.
O Vasco tem apenas nove finalizações por jogo na competição. É o terceiro time que menos arremata. Como não proporciona condições de seus atletas exercerem a individualidade de forma confortável, tem o segundo pior percentual de acerto nos dribles, apenas 49%. A explicação científica não para por aí. Quando olhamos os passes, a situação chama a atenção.
A começar pelo número e o percentual de acerto nos passes verticais dados a cada jogo. São 58 por 90 minutos, o sétimo time que menos executa essa jogada. Ou seja, passes para o lado e pouca penetração. Algo corroborado pelo 71% de acerto, o quarto pior.
A cada minuto de posse de bola, o Gigante da Colina troca 12 passes, mais uma vez o quarto pior time do campeonato em um índice ofensivo. A bola rola de forma lenta porque não há meios de acelerar com eficiência. Para completar, mais uma vez a ''zona de rebaixamento'' de um importante indicador de desempenho ofensivo, o acerto de passes para o terço final, apenas 66% de eficiência.
É difícil imaginar que haja uma melhora significativa nas sete rodadas que faltam. Os jogadores, Jorginho, e a comissão técnica, precisam identificar os problemas e minimizá-los para ao menos manter o bom retrospecto em casa. Da forma que a pressão vem aumentando, até isso pode ser afetado, e aí o sonho de um 2023 mais feliz com a SAF vascaína pode ir por água abaixo.
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