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Vasco pode ter o acesso mais constrangedor da história
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A noite era para ser de festa, mas se transformou numa tremenda frustração. O Cruzmaltino perdeu de virada para o Sampaio Corrêa, viu sua invencibilidade em casa na Série B acabar, e terá que torcer contra o Ituano para conseguir o acesso sem precisar do resultado na última rodada. A total inconstância da equipe resume perfeitamente a competição caótica feita pelo clube. Não fosse o pobre nível técnico da competição, o Vasco ficaria mais um ano na Segundona.
Jorginho resolveu colocar em campo a mesma formação que iniciou o 2º tempo diante do Criciuma. Palacios substituiu Yuri Lara no meio-campo, e Nenê ficou com a vaga de Alex Teixeira em uma formação bem ofensiva. Já Léo Condé não teve Pimentinha. O volante Eloir entrou para reforçar a marcação. O goleiro titular Luiz Daniel também ficou de fora. Matheus Inácio o substituiu.
Os instantes iniciais foram um sonho para o Vasco. Logo aos três minutos, em escanteio curto cobrado pela direita, Figueiredo cruzou na cabeça de Anderson Conceição e ele fez um lindo gol de cabeça. São Januário explodiu ainda mais e parecia que o acesso seria confirmado com uma vitória categórica. O tempo, porém, foi passando, e os problemas do Cruzmaltino aparecendo aos poucos.
A começar pela dificuldade em manter a posse de bola. Afobado, o time da casa não conseguiu diminuir a temperatura do jogo e valorizar a pelota, muito menos se estabelecer no campo de ataque. Começou a errar e permitir que os maranhenses ditassem o ritmo.
O Sampaio trabalhou a bola com mais qualidade e calma. Aproximou Eloir, Pará e Catatau pela esquerda. Teve Rafael Villa flutuando com liberdade. Ferreira e Matheusinho fazendo boas dobradinhas pela direita. Empurrou o Vasco para trás. Sem muita ''pegada'' para marcar na frente da área, deu espaços que foram aproveitados pela equipe nordestina. Pará empatou aos 17', em belo chute da entrada da área.
Mesmo melhorando o trabalho em fase ofensiva no fim do 1º tempo, o Vasco teve suas principais jogadas produzidas em contra-ataques. Figueiredo e Eguinaldo se destacaram neste aspecto. Matheus Inácio fez três defesas importantes, mas a ''Bolívia Querida'' também assustou. Pará, Ygor Catatau e Poveda incomodaram Thiago Rodrigues.
Jorginho tentou corrigir as coisas com as entradas de Yuri Lara e Gabriel Pec nos lugares de Palacios e Léo Matos. Figueiredo passou a jogar na lateral-direita. O time ficou mais equilibrado e conseguiu controlar as ações. Mesmo que continuasse faltando regularidade na construção das jogadas, era um Vasco impositivo. Nenê fez dois cruzamentos perfeitos, mas Marlon Gomes e Eguinaldo perderam boas chances.
O Vasco parecia perto de voltar a frente do placar, mas sofreu um duro golpe aos 22'. Gabriel Poveda recebeu pela esquerda em contra-ataque e serviu Ygor Catatau dentro da área, ele bateu em cima de Thiago Rodrigues e o próprio Poveda marcou o seu 19º gol nesta Série B. A equipe anfitriã desabou emocionalmente. Ativou o ''modo aleatório'' e só chegou com perigo em um chute de Alex Teixeira de fora da área.
Nos acréscimos, um roteiro ainda mais dramático. Andrey Santos marcou de cabeça aos 52 minutos e empatou a partida, mas no último lance, Joécio subiu mais que Edimar para botar os maranhenses na frente de novo. Os gritos de ''time sem vergonha'' por parte de São Januário lotado deram o tom do clima que o time terá na última rodada.
Se o Ituano vencer o Londrina nesta sexta-feira, o Vasco corre o risco de ficar mais um ano no ''purgatório''. A última rodada reserva um confronto direto entre ambos no interior paulista. Em caso de derrota, o Gigante da Colina não subiria. Londrina e Sport também podem alcançar a pontuação do Vasco caso vençam seus dois últimos jogos, mas a distância no saldo de gols é grande.
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