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Inter pode fazer melhor campanha de sua história nos pontos corridos
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O Colorado amarga um jejum de 43 anos sem conquistar um título brasileiro. Não será novamente desta vez que a taça vai para o Beira-Rio. Mas há mais a se comemorar do que lamentar. Se vencer as duas últimas partidas na competição, chegará a 64% de aproveitamento de pontos, o que configuraria a melhor campanha da história do clube desde que o campeonato passou a ser disputado em pontos corridos.
Mesmo sem jogar um grande futebol na noite deste sábado, o time chegou a esta condição ao bater o Athletico por 2x0, no Beira-Rio. Nem mesmo o vice-campeonato de 2005, obtido com 78 pontos em 42 rodadas, seria superior ao atual retrospecto caso o Colorado vença São Paulo e Palmeiras nas últimas duas rodadas. Confira como foi o jogo!
Mano Menezes não teve Edenílson e Gabriel. Maurício entrou na vaga do camisa 8 e Johnny foi novamente o ''primeiro volante''. Pedro Henrique ficou com a vaga que foi de Wanderson na última partida. Já Luiz Felipe Scolari não contou com Abner. Pedrinho entrou na lateral. Hugo Moura voltou ao time e Vitor Bueno começou no banco. Terans iniciou jogando pelo lado direito do ataque.
Mesmo com uma boa movimentação e estratégia planejada para furar a defesa do Athletico, o Inter encontrou dificuldades para criar. Foram apenas duas finalizações relevantes em todo o 1º tempo, ambas do volante Johnny, um dos melhores em campo. O causador disso foi um misto de precipitação e erros técnicos, com uma pitada considerável de marcação forte por parte dos paranaenses.
Depois da metade da etapa, os visitantes até se sentiram mais confortáveis para atacar, e passaram a ocupar também o campo rival. Se aproximaram para trocar passes. O Inter não respondeu com tanta contundência, e boas jogadas foram terminadas pelos lados do campo. Alex Santana e Vitor Roque receberam cruzamentos de Pedrinho e Khellven, mas cabecearam por cima.
Entrar pelos flancos, mais especificamente o lado esquerdo, também era parte da estratégia colorada. Pedro Henrique foi bastante utilizado no início do jogo. Chegou a dar trabalho para Khellven, mas o lateral rubro-negro reagiu bem na maior parte dos lances. Outra alternativa era mexer com os encaixes de marcação do Athletico na última linha de defesa. Tirar Thiago Heleno da área para encontrar os espaços.
Maurício flutuava da direita para dentro, arrastava Pedrinho, Alemão puxava uma diagonal do meio para o setor. Isso foi bem executado algumas vezes, mas os erros de passe e decisão quando o time se aproximava da área se multiplicavam. Alan Patrick e Alemão erravam bastante. Bustos não conseguia dar profundidade pela direita, provavelmente preocupado com as transições de Vitinho pelo setor.
No meio, Fernandinho buscava Carlos de Pena. Hugo Moura acompanhava Alan Patrick, e Alex Santana tentava vigiar Johnny, o único a conseguir vitórias seguidas nesses duelos individuais. Erick entrou no lugar de Hugo Moura no intervalo. Já o Colorado voltou com a mesma equipe. O time de Felipão melhorou ainda mais no 2º tempo. Adiantou a marcação e manteve-se no campo de ataque com frequência.
Chegou com perigo em três ocasiões antes dos dez minutos. Fernandinho, Vitinho e Terans assustaram. O Inter manteve os mesmos erros do 1º tempo. De Pena era quem conseguia se sobressair na articulação e nas cobranças de escanteio. E foi desta forma que os anfitriões abriram o placar. Erick cortou mal e Pedro Henrique bateu de virada para vencer Bento aos 17 minutos. A partir daí o jogo mudou completamente.
O Athletico sofreu uma ducha de água fria e se expôs bastante. Não demorou para Alemão e Alan Patrick enfim contribuírem positivamente nesta partida. O centroavante fez bela jogada pela direita e cruzou para o meia escorar. Maurício bateu com efeito e marcou o segundo aos 21'. Alan Patrick duas vezes, e Wanderson, ainda perderiam ótimas chances na sequência.
O Furacão ainda conseguiu pressionar com algumas substituições na reta final do jogo, mas não diminuiu o placar e teve Thiago Heleno corretamente expulso após entrada dura em Taison.
O rubro-negro vê ameaçada a sua participação de forma direta na fase de grupos da próxima Libertadores. Se o Atlético Mineiro bater o Botafogo neste domingo, empurra os paranaenses para a 7ª colocação, região da incômoda Pré-Libertadores
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