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Rodrigo Coutinho

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Brasil terá o rival mais complicado da 1ª rodada da Copa

Colunista do UOL

19/11/2022 04h00

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A seleção brasileira desembarca logo mais no Qatar, e chega ao país da Copa como uma das favoritas ao título. O debute na competição, porém, certamente já reservará o primeiro desafio de nível alto. A Sérvia vive boa fase e parece enfim jogar perto daquilo que o seu talentoso elenco pode oferecer. Entre os principais candidatos ao caneco, o Brasil é, de longe, o que tem a estreia teoricamente mais difícil.

Há uma mescla muito interessante entre imposição física e qualidade técnica no time sérvio. Muita gente pode apontar o fato de a seleção não ter se classificado para a última Euro como algo duvidoso acerca do potencial da equipe. De fato, isso é relevante e não pode ser ignorado, mas a irregularidade foi deixada de lado desde que Dragan Stojkovic assumiu o comando técnico.

Isso ocorreu no início de 2021, e a partir daí o time perdeu apenas três dos 20 jogos realizados. Foram 13 vitórias e quatro empates. A Sérvia venceu o Grupo 4 da Nations League B e passou para a primeira divisão do torneio. Uma forma mais sólida de jogar foi estabelecida e as necessárias variações vieram.

O principal ponto da equipe é o peso que a dupla de ataque oferece. As jogadas são quase sempre terminadas com o objetivo de aproveitar as características de Mitrovic e Vlahovic. Com 1,90m e 1,89m, respectivamente, se impõem no jogo aéreo, mas não representam só isso.

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Diferença de estatura entre os zagueiros brasileiros e centroavantes sérvios
Imagem: Rodrigo Coutinho

O primeiro sabe como poucos receber bolas diretas e preparar para uma infiltração ou para quem chega de trás. É muito forte fisicamente para sustentar o jogo de costas. Consegue controlar e dominar os passes mais ''quadrados''. Dá boas soluções.

Já o segundo, além de bom por cima, tem mobilidade e capacidade de atacar espaços nas costas da defesa em espaços curtos. Ou seja, se completam. A Sérvia pode por exemplo se utilizar de bolas longas para Mitrovic ''raspar'' e Vlahovic se projetar na direção da meta.

Mas os passes longos não são a principal via de ataque dos europeus. Pelo contrário. Os zagueiros costumam se soltar pelos lados e buscar passes endereçados a Tadic e Milinkovic-Savic, dupla de maior talento no meio-campo. A missão deles é facilitar as coisas para que Kostic e Lazovic exporem as linhas de fundo e tentem achar a dupla de ataque na área.

Neste aspecto, Kostic é uma ''bala'' pela esquerda. Atacante de origem, ele foi destaque do futebol alemão nas últimas temporadas com a camisa do Eintracht Frankfurt e se transferiu para a Juventus. É certamente um atleta que precisa de muitos cuidados da marcação brasileira.

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Como a Sérvia deve ser escalada para enfrentar o Brasil
Imagem: Rodrigo Coutinho

A Sérvia é um time inferior ao Brasil em diversos aspectos, mas já mostrou que pode ser a ''zebra'' da 1ª rodada ou até mesmo da Copa. Se a seleção de Tite conseguir anular as virtudes rivais e se impor em campo, ganhará ainda mais confiança na busca pelo hexa.

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