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Ousadia saudita supera a badalada Argentina na primeira zebra da Copa
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Considerada uma das grandes favoritas antes de a bola rolar, a Argentina decepcionou em sua estreia no Mundial do Qatar. Foi superada pela Arábia Saudita de virada em uma atuação muito longe do ideal. De quebra, perdeu a invencibilidade de 36 jogos que ostentava. Os Falcões Verdes foram muito bem na execução da estratégia escolhida para o jogo e sobraram fisicamente em campo.
Lionel Scaloni escolheu Papu Gómez para a vaga que era de Lo Celso no time. Já na lateral-esquerda, Taglaifico ganhou a disputa com Marcos Acuña e começou como titular. Hervé Renard escalou a base do Al Hilal, principal clube saudita, em sua seleção. A novidade foi a entrada do zagueiro Al Tambakti, que atua no Al Shabbab. Um 4-1-4-1 muito compacto em fase defensiva.
O destaque do 1º tempo foi a relação conturbada da Argentina com o trabalho defensivo dos sauditas. A equipe do Oriente Médio teve uma compactação impecável entre os setores. A última linha grudada no meio-campo. Meias próximos dos atacantes. E o centro do gramado sem espaços para os sul-americanos trabalharem confortavelmente. As costas dos volantes, o espaço predileto de Messi, estava inutilizada.
Seria curioso ver como os hermanos lidariam com o jogo caso o lateral-direito Abdulhamid não fizesse um pênalti infantil em Paredes logo aos nove minutos. Agarrrou e derrubou o volante argentino na cobrança de um escanteio. Messi converteu! Isso deixou a Albiceleste mais confortável em campo e fez com que a Arábia fosse agressiva também com a bola, o que fez da partida movimentada e surpreendente.
Kanno realizou um bom trabalho no meio. Os laterais se soltaram no ataque e Al-Buraikan foi o atacante mais perigoso. A linha defensiva argentina, porém, reagiu bem, e os sauditas não conseguiram criar chances claras. Isso não faltou para Messi e companhia. Foram três gols anulados. Todos eles por impedimento. No limite! Uma escolha do time árabe. Anulou o espaço de Messi, mas oferecia as costas da sua zaga.
Faltava mais pressão na bola também, o que gerava a possibilidade dos passes com liberdade. Menos mal que a última linha de defesa mostrava um bom trabalho de coordenação. Lautaro Martinez não lidou bem com isso. Faltava mais jogadores com característica para atacar esse espaço e aproveitar a capacidade de passe em profundidade de Paredes, Messi, Papu Gomez e De Paul.
Era uma exibição de ritmo baixo da Argentina. Talvez um efeito do calor. Foi o primeiro jogo da Copa disputado às 13h do fuso local. Os sauditas, que têm todos os seus jogadores na liga nacional, estão mais habituados com a temperatura e sobraram no 2º tempo. Não demorou para que pudessem viram a partida. Mantiveram a mesma postura agressiva da etapa inicial.
Messi perdeu a bola para o bom zagueiro Al Tambakti. Al Malki serviu Al Shehri em contra-ataque, ele driblou Romero e bateu no canto esquerdo de Emiliano Martinez. O estádio, repleto de sauditas, se inflamou, e o time aumentou ainda mais a carga em campo. Salem Al Dawsari, o craque da equipe, recebe no bico esquerdo da grande área e chutou no ângulo esquerdo para marcar um lindo gol.
Lionel Scaloni mandou Enzo Fernandez, Lisandro Martinez, Julián Álvarez e Marcos Acuña ao gramado. A Argentina passou a pressionar novamente e Al Owais se destacou. Defendeu uma finalização a queima-roupa de Lisandro Martinez e um chute cruzado de Di Maria. Messi, em cabeçada na pequena área, foi outro a fazer o goleiro trabalhar.
A desordenada pressão, mesmo com boas participações de Di Maria e Messi, não deu resultado, e os argentinos terão que bater Polônia e México se ainda quiserem o primeiro lugar da chave. A Arábia Saudita assombrou o mundo nesta terça-feira, e pode sonhar com uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo.
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