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Entrega insana da Tunísia anula qualidade da Dinamarca
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O dia 22 de novembro não tem sido uma boa data para entrar em campo como favorito na Copa do Mundo 2022. Depois da Argentina sucumbir mais cedo, foi a vez da Dinamarca ficar no empate com a aguerrida seleção da Tunísia. A marcação dos africanos foi o ponto de desequilíbrio do jogo, que teve momentos de domínio dos azarões. A França, se vencer a Austrália, sai muito beneficiada do primeiro 0x0 deste Mundial.
Kasper Hjulmand e Jalel Kadri escalaram Dinamarca e Tunísia respectivamente com três zagueiros. Costumam variar o esquema tático. O destaque ficou por conta de Dolberg no comando do ataque. Braithwaite ficou no banco. Já nos africanos, Mesiah voltou ao miolo de zaga e Ali Abdi foi o escolhido na ala-esquerda.
Se alguém pediu intensidade, o 1º tempo no Education City Stadium atendeu plenamente. Foram 49 minutos de uma ''briga de foice''. O comportamento da Tunísia motivou essa realidade. Empurrada por uma grande torcida, vibrou, lutou, e marcou muito, além de ser extremamente vertical com a bola. A postura impediu o esperado domínio dinamarquês, que penou para igualar a pegada adversária.
Só foi conseguir isso na metade da etapa, e até ali os africanos já haviam chegado com perigo em duas oportunidades. Laidouni era o destaque. Se desdobrava nas partes defensivas e ofensivas do meio-campo. Importante ressaltar a organização da última linha de defesa tunisiana e o nível alto de concentração. A Dinamarca não teve vida fácil. Perdeu duelos individuais importantes e criou muito pouco.
Chegou basicamente em chutes de fora da área, após rebotes de escanteio, mas o goleiro Dahmen mostrou segurança. Eriksen tentava se aproximar do setor da bola, mas não acrescentou da forma em que está acostumado. Hojberg e Delaney foram importantes para dar uma resposta física aos rivais. Skov Olsen foi anulado por Ali Abdi pela direita. Maehle não levou vantagem pela esquerda.
A melhor chance do 1º tempo foi da Tunísia. Jebali recebeu cara a cara com Schmeichel em contra-ataque e tentou de cavadinha, mas o goleiro fez uma defesa espetacular. Delaney saiu lesionado nos acréscimos do 1º tempo e Eriksen foi recuado para a primeira linha de meio-campo com a entrada de Damsgaard. Uma tentativa de ter mais controle das ações na zona de articulação e agressividade pela esquerda do ataque.
A Tunísia voltou a ser mais eficiente na 2ª etapa. Marcando um pouco mais atrás, travou os avanços da Dinamarca na direção da área e levou perigo em contra-ataques. Damsgaard deu algumas boas respostas pelo lado esquerdo.
Kasper Hjulmand sabia que sua equipe ainda estava longe da vitória e mudou o esquema tático. Sacou o experiente zagueiro Kjaer. Skov Olsen e o apagado Dolberg também saíram. Jensen, Cornelius e Lindstrom entraram. O time ficou mais envolvente e quase abriu o placar com Eriksen aos 23'. Cornelius perdeu grande chance na sequência, mandou na trave esquerda após cabeçada de Christensen.
Sliti foi o primeiro a sair do banco para o campo na seleção da Tunísia. Slimane foi sacado. Posteriormente Mejbri e Khenissi entraram. A equipe não teve o mesmo encaixa de marcação nos europeus na reta final do jogo, mas seguiu incomodando quando encaixava contragolpes. Parece que a distância das ''Águias de Cartago'' para a Dinamarca e a França não é tão grande assim. Dá pra sonhar em surpreender.
Já o time de Eriksen não conseguiu transformar o predomínio e a pressão do final em bola na rede. Na próxima rodada já encara a cabeça de chave França, adversário que já derrotou duas vezes em 2022.
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