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Defesas fortes e pouca contundência nos ataques em Marrocos e Croácia
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O terceiro empate sem gols da Copa do Mundo 2022 foi uma decepção para quem sabe que Marrocos e Croácia poderiam fazer mais do que mostraram. É bem verdade que há carência de peças de definição nos dois ataques, mas o que se viu no Al Bayt Stadium foi um predomínio das defesas seguras de africanos e europeus, o que não deixa de ser um trunfo importante num grupo de possibilidades bem abertas.
Hoalid Regragui optou por Nayef Aguerd e Saiss no miolo de zaga, uma dupla canhota. Manteve a base titular e o 4-3-3 dos jogos em que comandou. Já o vice-campeão mundial Zlatko Dalic deixou Pasalic no banco. Vlasic entrou pelo lado direito do ataque. O experiente Lovren recuperou espaço na zaga e formou a dupla com Gvardiol. O restante da equipe não teve surpresas.
Em um 1º tempo bem jogado, Marrocos e Croácia tiveram problemas e virtudes semelhantes. Apesar do nível satisfatório, as equipes produziram poucas chances reais de gol. Os europeus se saíram um pouco melhores e tiveram duas ótimas oportunidades nos acréscimos. O principal entrave criativo foi a dificuldade de ser envolvente nas proximidades da área. As linhas defensivas foram bem!
A Croácia teve a bola durante mais tempo. Natural pela característica e qualidade de imposição com a posse do seu trio de meio-campo. Modric começou a partida bem recuado, encostando nos zagueiros, liberando Brozovic e Kovacic para uma faixa mais adiantada do gramado. Depois alternaram esse comportamento. O time circulou bem a bola até a entrada do terço final, a partir dali teve problemas.
O primeiro deles foi gerar mais profundidade e apoios pelo meio. Vlasic saía da direita para entrar em diagonal na área. Kramaric saía da referência para circular. Perisic ficou mais preso pela esquerda. O trio não conseguiu dialogar. Os defensores marroquinos fizeram um bom trabalho também. O time africano, como um todo, marcou forte e foi disciplinado para fechar os espaços. Fez ótimas transições defensivas.
Com a bola, trabalhou com Ziyech e Boufal abertos na maior parte do tempo. Hakimi e Mazraoui atacaram como meias. Ounahi e Mallah fizeram boas infiltrações. En-Nesyri garantiu a presença na área. Mas os passes endereçados ao terço final não foram tão precisos. Houve certa precipitação na preparação dessas jogadas. O Marrocos acabou não criando nenhuma chance, apesar de rondar a área.
A defesa croata também foi segura. Outro detalhe em comum entre as equipes foi a intensidade das transições defensivas, basicamente inutilizando a efetividade do contra-ataque rival. Nos últimos minutos da 1ª etapa os marroquinos pareceram perder a concentração, o que foi suficiente para os europeus criarem duas chances. Vlasic e Modric chegaram perto de marcar. Bounou fez uma grande defesa!
Vlasic saiu lesionado no intervalo e Pasalic entrou em seu lugar. Quem também saiu lesionado, mas aos 15' do 2º tempo, foi Mazraoui. Attiyat Allah entrou. Marrocos conseguiu ser mais eficiente nos metros finais do campo. Chegou com perigo em duas ocasiões antes da metade da etapa final. Seja em contragolpes ou subindo a marcação em comparação ao que havia feito antes. Hakimi cresceu no jogo.
A Croácia foi um time mais lento e consequentemente pouco criativo. Apesar das tentativas de Modric, que se desdobrava em todos os cantos do gramado e tentava levar seu time ao gol, não houve nada de tão relevante produzido. Os africanos perderam o ímpeto ofensivo na reta final dos 90 minutos e o empate sem sal se confirmou.
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