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Pouco controle, 'anarquia' ofensiva e talento. O classificado Portugal
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Portugal fez companhia a França e Brasil ao bater o Uruguai por 2x0 na noite desta segunda-feira, e entrou no hall de equipes já classificadas para as oitavas de final. Mas engana-se quem pensa que o jogo foi tranquilo. Sem tanta definição de funções ao ter a bola, os portugueses tiveram problemas para criar chances, quase sofreram o empate, mas possuem muita qualidade individual para resolver as partidas.
Fernando Santos não pôde contar com Danilo Pereira na zaga. Pepe o substituiu. Optou pelas saídas de Raphael Guerreiro e Otávio. Nuno Mendes e William Carvalho entraram. Já Diego Alonso montou a Celeste com três zagueiros. Coates entrou no time. Pellistri saiu. Varela foi o ala pela direita. Cáceres foi sacado. Na frente, Cavani entrou no lugar de Luis Suarez. Um duelo de equipes com propostas totalmente diferentes.
Enquanto Portugal manteve a posse de bola e deu total liberdade de movimentação a seus meio-campistas e atacantes, o Uruguai marcou forte e tentou reagir com contra-ataques ou ligações diretas. O time sul-americano se saiu melhor no 1º tempo. Muito pela imposição de Bentancur no meio. Ele puxou dois contra-ataques perigosíssimos. Em um deles, faria um gol de placa, mas parou em Diogo Silva.
Os portugueses conseguiram ter mais intensidade nos movimentos e circularam a bola com mais velocidade em relação ao jogo contra Gana, mas a anarquia dada por Fernando Santos a seus atletas precisa ter o mínimo de ordem na ocupação de espaços. O time por vezes se desequilibra, tem poucos atletas à frente da linha da bola, pouco ataque aos espaços em profundidade, e acaba não criando chances.
Uma finalização de Cristiano Ronaldo bloqueada dentro da área foi o mais perto que os europeus chegaram do gol. João Félix também parou em Giménez um pouco antes. Além da pegada na abordagem de marcação e das coberturas sempre próximas, a Celeste usava o precedente das faltas para brecar o adversário e também irritar. Foram nove em 45 minutos.
As transições defensivas portuguesas também foram problemáticas. Ruben Neves sofreu nesse aspecto. Nuno Mendes saiu lesionado aos 41' e Raphael Guerreiro o substituiu. Portugal conseguiu ganhar algumas ''segundas bolas'' após ligações diretas do Uruguai e encontrou espaços ao acelerar. João Félix já havia mandado na rede pelo lado de fora um contra-ataque, mas o lado certo do barbante foi balançado aos 8'.
Bruno Fernandes cruzou do bico esquerdo da grande área, Cristiano Ronaldo subiu, mas não encostou na bola, que entrou mansa no canto esquerdo de Rochet. Atrás no placar, era a hora do Uruguai mudar a estratégia. Vecino e Godin foram sacados para as entradas de Arrascaeta e Pellistri, e um 4-4-2 foi montado. O jogo ficou aberto e Fernando Santos botou Rafael Leão em campo.
Máxi Gómez e Luis Suárez também foram a campo, e o centroavante do Trabzonspor da Turquia quase empatou o jogo em seu primeiro toque na bola. Recebeu de Pellistri na entrada da área e bateu firme na trave esquerda. Arrascaeta e Luis Suárez chegaram muito perto de empatar na sequência. Portugal não contra-atacava e nem neutralizava os ataques uruguaios.
O time europeu só foi conseguir estancar os ataques rivais com as entradas de João Palhinha e Matheus Nunes. A partir daí teve tranquilidade para chegar ao segundo gol. Bruno Fernandes invadiu a área driblando e a bola pegou no braço de Gimenez. O meia foi pra bola e marcou novamente ao deslocar Rochet. O Uruguai terá que vencer Gana na última rodada se quiser se classificar para as oitavas e final.
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