Futebol dos Estados Unidos é melhor que o da Holanda nesta Copa

Depois de uma estreia irregular contra País de Gales, o jovem time norte-americano mostrou força para surpreender a Holanda nas oitavas de final. Foi superior a Inglaterra na rodada passada e superou o Irã por 1x0 na noite desta terça, carimbando a vaga na fase eliminatória. Mais uma vez a equipe jogou com intensidade e organização para se comportar com estratégias diferentes ao longo dos 90 minutos.

Carlos Queiróz voltou a escalar o Irã com Taremi e Azmoun na frente. Um 4-4-2 sem novidades em relação ao jogo passado. Já Gregg Berhalter promoveu o retorno de Sargent ao ataque e escalou Carter-Vickers na zaga. Wright e Zimmerman foram para o banco de reservas. Um 4-3-3 com a bola, mas com uma variação para o 4-4-2 sem ela, com Tim Weah dando o primeiro combate ao lado de Sargent na frente.

Como os Estados Unidos precisavam vencer e o Irã podia empatar para alcançar a classificação, o cenário foi o esperado. Os persas na defesa, marcando em bloco baixo e tentando acionar Taremi e Azmoun na frente. Até conseguia bloquear bem os espaços e as investidas rivais, mas não havia saída para contra-ataque. Fruto da ótima transição defensiva norte-americana. Intensa e organizada.

Em fase ofensiva, as tentativas de ligação direta também não funcionavam. Os Estados Unidos respondiam bem, e apresentaram muita organização para tentar furar o bloco defensivo asiático. Projetaram bem os laterais em amplitude no campo de ataque. Tim Weah, Pulisic e Sargent trabalhavam por dentro, em cima da última linha defensiva. O trio de volantes fazia a distribuição dos passes com qualidade.

A movimentação também era intensa e bem coordenada. Mesmo com poucos espaços, os norte-americanos conseguiam as interações e contavam com boas ações de seus atletas. Dest e McKennie eram os mais efetivos. Pulisic chamava a responsabilidade constantemente e acabou sendo premiado com o gol da vitória após linda jogada coletiva.

McKennie lançou Dest nas costas da zaga e ele escorou de cabeça para o camisa 10 bater de chapa, de frente com o goleiro, e marcar. O lance foi protagonizado pelos três jogadores mais eficientes do time no 1º tempo. O Irã tentou atacar depois do gol, mas não sabia exatamente o que fazer e acabou dando espaços aos Estados Unidos, que quase ampliaram em contra-ataques com Sargent e Tim Weah.

Pulisic se lesionou no lance do gol, mas só foi substituído no intervalo. Aaronson entrou. No Irã, que já havia perdido o lateral-esquerdo Milad Mohammadi nos acréscimos do 1º tempo por lesão, Azmoun foi sacado para a entrada de Ghoddos. Karimi foi mais um a ir a campo. Taremi ficou mais fixo como centroavante e não precisou voltar marcando pelo lado esquerdo, como teve que fazer em alguns momentos do 1º tempo.

As mexidas fizeram o Irã aumentar o potencial de articulação e o jogo ficou mais aberto. Os Estados Unidos seguiam agressivos com a bola, mas era necessário tomar maiores cuidados defensivos para proteger o resultado. Ghoddos finalizou com perigo duas vezes dentro da área. O centroavante Ansarifard foi a campo no fim e, nos últimos anos, o jogo ganhou o caráter de ataque contra defesa por parte iraniana.

Com a entrada de Zimmerman e Moore, os Estados Unidos montaram uma linha de cinco na defesa, mas sofreram com as muitas bolas levantadas na área pelos persas, que chegaram perto do empate redentor nos acréscimos. Acabaram, porém, eliminados na fase de grupos, como em todas as outras participações que tiveram em Copas do Mundo.