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Desequilíbrio alemão é fatal para novo vexame em Mundiais
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Pela segunda vez consecutiva a seleção alemã está eliminada de uma Copa do Mundo na fase de grupos. O ''maluco'' 4x2 que enfiou na Costa Rica não foi suficiente para passar em virtude da vitória japonesa frente a Espanha. Mas não há como os tetracampeões mundiais terceirizarem a culpa. Repetiram erros da derrota da estreia com o Japão. Assim como em 2018, formaram um time extremamente desequilibrado.
Luis Fernando Suárez não teve o zagueiro Calvo. Vargas entrou. Contreras e Gerson Torres foram sacados para as promoções de Venegas e Aguilera. Já Hansi Flick botou Kimmich na lateral-direita. Leroy Sané entrou na ponta e Muller atuou novamente como centroavante. A Alemanha começou o jogo querendo resolver rapidamente a situação. Se instalou no campo de ataque com muita agressividade e criou.
Em menos de 15 minutos já tinha produzido quatro ataques de perigo e feito um gol. Gnabry aproveitou um raro contragolpe puxado por Musiala pela esquerda e cabeceou no canto esquerdo de Keylor Navas um cruzamento de Raum. Musiala, Muller e Goretzka chegaram bem perto de ampliar, mas esbarraram no goleiro adversário, ou nas muitas pernas de meião vermelho que ocupavam a grande área. Um sufoco!
Com o mesmo ímpeto que circulavam a bola e se mexiam em interessantes trocas de posição entre meias e atacantes, os germânicos pressionavam com voracidade ao perderam a posse. A Costa Rica, além de não conseguir superar o cenário pela inferioridade técnica, tinha os jogadores afundados no próprio campo. Não tinha uma opção sequer de contra-ataque e nem trocava passes para sair da pressão.
Os alemães não relaxaram. O ritmo seguiu forte, mas a concentração caiu, e aí as escolhas passaram a ser equivocadas. Muito enfeite e pouca efetividade. Muito jogo pelo meio, setor mais congestionado, pouco trabalho pelos lados. Ficou 20 minutos sem finalizar e só voltou a levar perigo na reta final da 1ª etapa. Gnabry, Musiala e Kimmich por muito pouco não ampliaram.
Mesmo dominando inteiramente, um defeito recorrente do time alemão reapareceu. A desconcentração defensiva quando o adversário supera a ''pressão pós perda''. Raum, Rudiger e Sule deram sustos em bolas totalmente ''mortas''. Fuller quase empatou em chute a queima-roupa com Neuer, que fez ótima defesa. O fantasma do jogo contra o Japão rondava. Muito volume, poucos gols, e espaços nas costas da defesa.
Hansi Flick resolveu sacar Goretzka e colocar Klostermann. Voltou com Kimmich para o meio-campo e reforçou a sua última linha. Já a Costa Rica voltou com Salas no lugar de Aguilera. Fuller foi adiantado. A situação dos europeus começou a se complicar com a virada japonesa para cima da Espanha no mesmo horário. A vitória por 1x0 não dava a vaga para a Alemanha. Era preciso fazer mais gols.
Fullkrug entrou no lugar de Gundogan. Musiala foi recuado. A seleção alemã simplesmente entrou em estado de choque e a Costa Rica aproveitou. No segundo contra-ataque que encaixou em 12 minutos chegou ao empate. Raum e Musiala erraram e Waston puxou o contra-ataque pela direita. Recebeu o cruzamento após tabela de Campbell e Waston e cabeceou para a falha de Neuer. Waston marcou no rebote.
Musiala foi a força motriz para levar a Alemanha novamente ao ataque. Ele criou quatro boas jogadas em sequência. Em uma delas acertou a trave esquerda. A Costa Rica mostrou toda a sua precisão mais uma vez aos 25'. O zagueiro Vargas finalizou após ajeitadas de Waston e Oviedo em cobrança na falta na área, e virou a partida.
O desespero alemão só não foi maior porque Havertz empatou na sequência. Recebeu de Fullkrug e bateu na saída do goleiro. O centroavante perdeu uma chance cristalina ao finalizar em cima de Keylor Navas um contra-ataque muito bem armado pela esquerda, mas Havertz entrou em ação de novo para colocar os germânicos na frente do placar. Gnabry cruzou na medida e ele atacou as costas da defesa para marcar.
O resultado foi inútil! Depois de encantar o mundo na Copa de 2014 e enfiar uma goleada histórica no Brasil, volta para a casa de forma precoce de novo em um grupo longe de apresentar dificuldades tão grandes.
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