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Os amuletos japoneses que vêm do banco de reservas
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Ritsu Doan e Mitoma! O sucesso do Japão na Copa do Mundo passa pelo movimento de ida deles do banco de reservas para o campo. Nas viradas contra as poderosas Alemanha e Espanha isso aconteceu a partir do intervalo. O primeiro entra como meia-atacante e dá muita agressividade, finalização de média distância. O segundo é um atacante que entra como ala, e garante profundidade e técnica perto da área.
Hajime Moriyasu montou o Japão com uma linha de cinco na defesa hoje. O zagueiro Taniguchi entrou e Junya Ito jogou de ala pela direita. Endo saiu. Tanaka e Morita foram os volantes. Kubo e Kamada jogaram mais perto de Maeda. Já Luis Enrique promoveu o retorno de Azpilicueta. Balde foi o lateral-esquerdo e Pau Torres formou a zaga com Rodri. Williams e Morata ganharam chance no ataque.
O controle da Espanha foi tão grande que o jogo tornou-se monótono no 1º tempo. Com a posse, ocupando os espaços perfeitamente em seu jogo de posição, qualidade e decisões sábias para fazer a bola circular de pé em pé num ritmo confortável, sem acelerar indiscriminadamente, apenas quando os japoneses tentavam pressionar e as lacunas apareciam. E o placar não demorou a ser aberto.
Azpilicueta recebeu no bico da grande área e cruzou para Morata ganhar de Itakura e marcar de cabeça. O centroavante já havia assustado em uma cabeçada dada anteriormente, e quase marcou o segundo ao receber de Gavi em profundidade. O Japão parecia sem saída. Era um time compacto, mas a Fúria testa a paciência até dos sistemas defensivos mais frios. Troca passes laterais até forçar a precipitação de um marcador.
Nos momentos em que subiram a marcação, os asiáticos conseguiram resultados melhores. Desta forma conseguiram uma boa finalização de Junya Ito na rede pelo lado de fora, mas não é tão simples subir pressão e roubar muitas bolas de atletas com muita qualidade na iniciação das jogadas. Quando fazia isso, corria riscos de Williams e Dani Olmo receberam nas costas da defesa.
A dificuldade de encaixar a marcação e encontrar o tempo do desarme era tamanha, que o trio de zaga japonês terminou a etapa inaugural pendurada com cartões amarelos. Mesmo assim, o técnico oriental preferiu mantê-los para o 2º tempo. Sacou Nagatomo e Kubo e voltou com Morita e Ritsu Doan, dois atletas que haviam sido fundamentais para a virada sobre a Alemanha. Mal sabíamos que o filme se repetiria.
E não demorou para acontecer. Sem mais nada a perder, os japoneses ganharam duas peças agressivas para subir a marcação. Logo aos dois minutos conseguiram roubar a bola de Balde com Junya Ito. Ritsu Doan chutou forte e Unai Simón falhou. No embalo do empate veio a virada.
Mais uma vez Ritsu Doan fez boa jogada pela direita e chutou cruzado. Mitoma correu e bateu de volta para a área, já fora do campo, e Tanaka marcou o segundo aos cinco minutos. O gol foi inicialmente anulado de forma correta pelo assistente, a bola saiu, mas inexplicavelmente acabou confirmado pelo VAR. A Espanha paralisou. A troca de passes ficou truncada, lenta, e sem progredir da mesma forma que antes.
De quebra, passou a sofrer contra-ataques com mais frequência. Asano, que fez o gol da vitória contra a Alemanha, foi ao gramado e potencializou isso. Asensio, Ferran Torres, Alba e Ansu Fati entraram. Carvajal já havia ido ao campo no intervalo. Mas a Fúria não melhorou, deixou de criar e terminou na segunda posição da chave, vai encarar o Marrocos nas oitavas. O Japão pega a Croácia.
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