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Coreia vê premiada sua aptidão ofensiva
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Coragem para atacar e ciência total do que fazer ao se instalar no campo adversário. Essas são marcas bem fortes do tipo de jogo realizado pela Coreia do Sul. Mesmo longe do nível técnico de diversas equipes desta Copa do Mundo, se baseou nesses pilares para resistir a Portugal e bater os europeus no jogo que lhe devolveu uma vaga nas oitavas de final do Mundial depois de 12 anos.
Paulo Bento não teve seu principal zagueiro. Kim Min-Jae, do Napoli, foi substituído por Kwon Kyung-Won. Lee Kang-In recuperou espaço no meio-campo e Lee Jae-Sung pelo lado direito do ataque. Fernando Santos só escalou quatro titulares. O goleiro Diogo Costa, o lateral João Cancelo, o volante Ruben Neves e o atacante Cristiano Ronaldo.
Mesmo com a equipe mexida, Portugal fez um 1º tempo mais organizado coletivamente em relação ao que vinha apresentando com os titulares. Conseguiu definir melhor a ocupação de espaços no meio com Vitinha e Mateus Nunes, teve profundidade com Ricardo Horta mais próximo de Cristiano Ronaldo, e muita agressividade pelos lados com Diogo Dalot e João Cancelo. O empate por 1x1 antes do intervalo foi injusto.
Destaca-se também a ótima iniciação de jogadas com Pepe e Ruben Neves. Dos pés do experiente zagueiro saiu um lançamento primoroso para Diogo Dalot fazer ótima jogada pela direita e Ricardo Horta abrir o placar logo aos quatro minutos. A Coreia tentava fechar os espaços entre os setores, mas não conseguia pressionar devidamente a saída de bola de Portugal, e oferecia campo nas costas da defesa.
O ritmo da troca de passes de Portugal é outro ponto positivo. Rápida! Objetiva nos momentos certos. Kim Seung-Gyu impediu que mais bolas entrassem em sua rede. Pegou finalizações promissoras de Vitinha e Diogo Dalot, dois dos melhores jogadores lusos em campo. Quem estava mal era Cristiano Ronaldo. Foi dele a pixotada que gerou o gol sul-coreano após cobrança de escanteio. Kim Young-Gwon aproveitou.
A Coreia apresentava a conhecida organização com a bola. Utilizava muitas inversões para tentar pegar os avanços de Kim Moon-Hwan pela direita, ou para gerar situações de mano a mano com a estrela Son pela esquerda. Mexia a bola rápido no setor de meio-campo. Ia até onde seu potencial técnico permitia, mas sempre com padrões bem executados de movimentação e ocupação de espaços. Agradável de ver.
Portugal seguiu controlando as ações no 2º tempo, mas passou a esbarrar em uma proteção de área mais eficiente dos asiáticos. O zagueiro Kwon Kyung-Won se destacou. Cristiano Ronaldo se mexia, pedia a bola, tentava, mas viveu uma jornada imprecisa. Foi sacado aos 19'. André Silva entrou. Rafael Leão e João Palhinha também foram ao gramado. Os lusitanos tiveram uma queda forte na intensidade de marcação.
A Coreia do Sul manteve a agressividade com a bola e ganhou uma opção mais aguda com a entrada de Hwang Hee-Chan pela esquerda. Son foi para a direita. Diogo Costa precisou trabalhar de uma forma que não foi necessária na etapa inicial. Com a proximidade do final da partida, os asiáticos sabiam que bastava um gol para subir na tabela e pegar segunda vaga do Grupo H, e o time se lançou com tudo ao ataque.
Os europeus já não tinham mais o controle do duelo. Perderam a posse. Nem a entrada de Bernardo Silva minimizou isso. Num contragolpe letal puxado por Son, aos 45', ele deixou Hwang Hee-Chan de frente com o goleiro. O ponta fez o gol redentor e, ao final da partida, torceu para o Uruguai não fazer o terceiro gol diante de Gana. Deu certo! A Coreia do Sul vai desafiar o favoritismo brasileiro nas oitavas de final.
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