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Erros defensivos e tensão marcaram o triunfo da Suíça contra a Sérvia
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Buscar o equilíbrio entre defesa e ataque é um dos grandes desafios na montagem de um time de futebol. A Suíça bateu a Sérvia por 3x2 e se classificou em segundo no Grupo G, mas as duas seleções encontraram dificuldades para achar o ''meio termo'' nesta 1ª fase. Ou se defenderam demais, sem produzir ofensivamente, como contra o Brasil. Ou se abriram muito ao buscar atacar. O jogo de hoje foi um exemplo.
Dragan Stojkovic finalmente escalou Vlahovic e Mitrovic no ataque sérvio. Recuou Tadic e Sergej Milinkovic-Savic. Maksimovic foi para o banco. Murat Yakin promoveu o retorno de Shaqiri ao time suíço. Elvedi e Sommer foram desfalques importantes. Schar e Kobel entraram no time. A tensão existente entre jogadores sérvios e suíços por questões geopolíticas mexeu muito com os ânimos dentro de campo.
Obviamente que a situação de ambos para buscar a classificação também pesou, e o 1º tempo foi repleto de erros defensivos nos dois lados. Os quatro gols que saíram antes do intervalo deram o tom. Tanto Suíça quanto Sérvia tentaram se impor com a bola, e talvez tenham se esquecido daquilo que fizeram de melhor contra o Brasil, marcar. Quem não torce para nenhuma das duas seleções se divertiu.
A primeira finalização suíça ocorreu com apenas 25 segundos. Vanja Milinkovic-Savic fez ótimas intervenções em chutes de Embolo e Xhaka. A resposta sérvia veio dez minutos depois, em uma bomba de Zivkovic na trave direita. A construção dos balcânicos se concentrava em procurar Tadic flutuando nas costas do meio-campo suíço. Ele então tentava ''dialogar'' com os alas, e o cruzamento na área era buscado.
Os helvéticos tentavam passes no pivô de Embolo, ou tentavam infiltrações de Sow nas costas dos zagueiros adversários. Trabalhavam a bola de forma mais coletiva, e não demoraram a encontrar muitos buracos nas costas dos alas rivais. Circulavam de um lado a outro e aceleravam em dobradinhas entre o lateral e o ponta. Foi assim que Ricardo Rodriguez fez grande jogada com Vargas e Shaqiri abriu o placar aos 19'
A Sérvia não conseguia se compactar, mas ao menos reagia rápido ao perder a posse. Também tinha força na abordagem de marcação, e chegou a virada ao recuperar duas posses no ataque. Na primeira delas, Tadic carregou pela esquerda após erro de Widmer e cruzou para Mitrovic marcar. Na sequência, foi a vez de Shaqiri errar, e o camisa 10 servir Vlahovic. O chute seco entrou no canto esquerdo de Kobel.
Shaqiri perdeu grande chance de se redimir ao mandar para fora um lançamento lindo de Ricardo Rodriguez nas costas da defesa sérvia. Menos mal que logo depois construiu a jogada do empate. Aproveitou o rombo entre Lukic e Sergej Milinkovic-Savic pelo meio e serviu Sow. O camisa 15 abriu para Widmer cruzar rasteiro e Embolo marcar. Linda construção! Jogada parecida com o gol feito contra Camarões.
Na 2ª etapa o cenário caótico se manteve e a Suíça voltou a aproveitar logo aos dois minutos. Em linda jogada coletiva, Vargas recebeu de Shaqiri na área e ajeitou para Freuler bater na saída do goleiro e virar o jogo. Embolo, em boa atuação, ainda perdeu a chance de fazer o quarto antes dos 15 minutos. A Sérvia respondeu com batidas de Tadic e Kostic, mas sem precisão.
Na metade do 2º tempo a Suíça se reorganizou defensivamente. Zakaria e Fernandes entraram para renovar o fôlego da equipe. Já não dava tantos espaços e adotou os contra-ataques como estratégia. A Sérvia, nitidamente cansada, fazia muita força para criar algo de relevante. Jovic deu gás ao ataque, mas foi pouco para produzir chances em demasia.
Nem na base do ''abafa'' a da bola aérea deu para a Sérvia, que certamente e transformou em uma das decepções desta Mundial. Fez ótimas atuações no último ano, mas não encontrou o equilíbrio tático e a calma necessária para lidar com as transformações de cada partida. A Suíça deve adotar contra Portugal, adversário das oitavas de final, as mesma estratégia que teve diante do Brasil.
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