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Letal e invicta. A Holanda não encanta, mas é candidatíssima
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Apesar do lindo gol na abertura da vitória por 3x1 sobre os Estados Unidos neste sábado, pelas oitavas de final, a seleção holandesa passa longe de encantar como já fez em outros tempos. É difícil, porém, duvidar que possa ser campeã mundial pela primeira vez. Ainda não perdeu com o atual treinador e é difícil de ser vazada na defesa. De quebra, teve o crescimento individual de peças importantes nesta fase.
Escalações
Louis Van Gaal não teve problemas para montar a equipe. Optou por De Roon ao lado de De Jong no meio. Memphis Depay foi titular ao lado de Gakpo e Klaassen mais a frente. Já Gregg Berhalter não teve o centroavante Sargent, lesionado, e optou por Jesus Ferreira no centro do ataque. Zimmerman voltou a ser titular na zaga ao lado de Tim Ream.
Bola Rolando
A diferença de ritmo e intensidade entre as equipes na 1ª fase se viu novamente em campo nos dez minutos iniciais. Os Estados Unidos adiantaram a marcação e tomaram conta da posse de bola dentro do campo holandês. Com movimentos intensos e bem coordenados, conseguiram ganhar profundidade e incomodaram. Por muito pouco não abriram o placar com Pulisic logo aos dois minutos. Noppert pegou.
O jogo começou a mudar a partir do primeiro gol da Laranja Mecânica. E ele lembrou o time que deu origem ao apelido. A Holanda ainda não havia conseguido superar a ''pressão alta'' rival, mas fez isso com muita organização. Movimentos de apoio a quem tinha a bola, calma, qualidade, aceleração para aproveitar os espaços que surgiram. Uma pintura que terminou no passe de Dumfries para Memphis Depay marcar.
Os norte-americanos sentiram o gol. Ficaram com os movimentos mais restritos e acabaram travados pela marcação de encaixe dos holandeses, que esperavam dentro do próprio campo e davam liberdade a Tim Ream, zagueiro de pior saída de bola dos adversários. Ele cometeu alguns erros e a Holanda teve espaços para contra-atacar. Blind e Memphis voltaram a finalizar antes dos 20 minutos.
O problema é que o time de Van Gaal também não conseguia reter a bola, e aos poucos foi cansando com as perseguições que tinha que fazer para marcar. Os Estados Unidos se recuperaram e criaram dois bons ataques em sequência. Noppert pegou um chute muito forte de Tim Weah da entrada da área. Van Dijk impediu um gol certo de Sergiño Dest. A qualidade holandesa, porém, apareceu de novo nos acréscimos.
Em uma jogada que parecia morta, Dumfries recebeu na lateral da grande área e cruzou rasteiro para Blind bater de chapa, com total liberdade, e ampliar o marcador para os europeus. Van Gaal sacou De Roon e Klaassen no intervalo para as entradas de Koopmeiners e Bergwijn, recuou Gakpo, certamente queria aumentar a capacidade física do seu time. Berhalter tirou Ferreira e botou Reyna no comando do ataque.
O jogo seguiu com a mesma história. Gakpo salvou em cima da linha um gol que seria marcado por Tim Ream com apenas três minutos do 2º tempo. Pulisic e McKennie também assustaram em finalizações da entrada da área, mas a Holanda seguia mais perigosa quando chegava, sobretudo com Dumfries pela direita, que enfim mostrou na Copa o que costuma fazer na Internazionale. Gakpo seguiu em alto nível!
Memphis Depay mostrou-se melhor fisicamente, e referências da equipe como Van Dijk, Blind e De Jong evoluíram o desempenho. O goleiro Turner impediu o terceiro da Holanda em ótimas finalizações de Koopmeiners e Memphis. Os Estados Unidos não se entregaram. Yedlin e Wright também entraram e participaram do gol de honra. Pulisic recebeu pela direita em rebote de escanteio e o centroavante marcou.
A exemplo do que aconteceu anteriormente com os norte-americanos, a euforia levou a debilidade. O time se empolgou, pressionou em busca do empate, mas novamente foi mal protegendo a área. Blind cruzou com perfeição e Dumfries bateu de chapa para fechar o placar aos 35 minutos. A Laranja Mecânica espera agora o vencedor de Argentina e Austrália. E os Estados Unidos fizeram uma boa Copa!
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