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Croácia ativa 'modo 2018' pra eliminar o Japão
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A seleção croata conseguiu ser vice-campeã mundial em 2018 batendo todos os seus adversários na disputa por pênaltis ou na prorrogação. No primeiro jogo eliminatório da Copa de 2022 a história não foi diferente. O nível da atuação, inclusive, foi próximo do apresentado há quatro anos. Oscilações de intensidade e pouca criação, mas precisão nos momentos certos. Os europeus venceram os japoneses e podem pegar o Brasil na próxima sexta-feira
Escalações
Hajime Moriyasu escalou sua equipe novamente com linha de cinco na defesa. Tomiyasu foi zagueiro ao lado de Yoshida e Taniguchi. Itakura, suspenso, ficou de fora. Endo retornou ao meio-campo e Rtisu Doan ganhou chance pela direita. Já Zlatko Dalic não teve o lateral-esquerdo Sosa. Barisic entrou em seu lugar. No ataque, Livaja foi barrado para a entrada de Petkovic.
Bola rolando
O Japão tomou conta do 1º tempo. Baseou o seu domínio na intensidade de todas as ações que teve. Seja com a bola ou sem ela, apresentou mobilidade e atitude. Agressividade para se impor diante de uma letárgica Croácia, que pouco criou. O gol nipônico demorou até para sair. Apenas aos 42', Maeda bateu firme para marcar após o cruzamento de Ritsu Doan pela direita e escorada de Yoshida num escanteio.
Marcando em bloco médio inicialmente, o Japão conseguiu inutilizar a influência de Modric, Kovacic e Brozovic no meio-campo. Abordagem forte de marcação, concentração para não deixar brechas e espaços para trocas de passes curtos ou enfiadas de bola. Os croatas até tiveram dois bons ataques aleatórios. Em ambos, Perisic levou perigo. Em um deles aproveitou falha de Moriyase, e no outro desviou um cruzamento.
Além do aplicado trabalho defensivo e da velocidade imposta nos contragolpes, os japoneses também trabalhavam a bola com rapidez e constantes movimentos de apoio a quem tinha a posse. Gerou superioridade numérica constante no meio. Ritsu Doan e Kamada se aproximavam de Endo e Morita. Os alas ocupavam os flancos. Maeda não parava de traçar diagonais em cima a última linha rival.
O lado direito foi o mais agudo dos asiáticos. Junya Ito levou total vantagem sobre Barisic. A diferença de velocidade entre eles foi imensa. Na 2ª etapa, a situação tática não foi tão diferente, mas a precisão de Perisic sim. Ele recebeu um cruzamento despretensioso de Lovren e, quase de fora da área, acertou uma potente cabeçada no canto esquerdo de Gonda para empatar. O gol deu mais ânimo aos croatas.
Por mais que o Japão não tivesse deixado de atacar, chegou com muito perigo em chutes de Kamada e Endo de fora, da área, era um time mais retraído perto de sua própria área. Hajime Moriyasu decidiu então repetir aquilo que já havia feito em todos os outros jogos. Colocou Asano na frente e Mitoma, um atacante, na ala-esquerda. Budimir substituiu Petkovic na Croácia.
Outra mexida nipônica foi colocar Sakai em campo. Nitidamente uma preocupação em aumentar a estatura do time, já que a Croácia tinha os cruzamentos na área como única solução. O ritmo voltou a cair depois da metade do 2º tempo e as equipes passaram a sensação de não querer se expor até o fim do tempo normal. O nível na prorrogação foi baixo. A parte física pesou para os dois times. Modric e Kovacic saíram.
A melhor chance do tempo-extra foi do Japão. Mitoma, que entrou bem de novo, puxou um contra-ataque e chutou forte para a defesa de Livakovic. Majer respondeu nos acréscimos em chute de fora da área, mas a decisão foi para os pênaltis.
O goleiro croata, importante em algumas defesas durante o tempo normal, foi decisivo. Pegou as batidas de Yoshida, Minamino e Mitoma, e colocou sua seleção nas quartas de final.
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