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Como a Copa de De Paul e Mac Allister ajuda a explicar o título
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Lionel Messi é o craque histórico da Argentina tricampeã do Mundo no Qatar, mas contou com diversos coadjuvantes importantes para encerrar os 36 anos de jejum de seu país em Mundiais. Dois deles, com histórias diferentes dentro da competição, precisam ser citados. Rodrigo de Paul e Alexis Mac Allister.
O meio-campista do Atletico de Madri começou mal o torneio. Não fez um bom jogo diante da Arábia Saudita e tinha um desempenho pavoroso no 1º tempo contra o México. Melhorou com a construção da vitória na 2ª etapa, mas esteve próximo de perder vaga no time com o crescimento de Enzo Fernández.
Scaloni o manteve em uma decisão que foi criticada por boa parte da opinião pública argentina para o terceiro jogo da seleção, o decisivo embate com os poloneses. A partir dali Rodrigo De Paul deu boas respostas. Se aproximou do ponto de equilíbrio da equipe que foi desde a Copa América no Brasil. Sobrou contra a Austrália, nas oitavas de final, e na grande final diante da França.
De Paul não é o melhor marcador do meio-campo argentino, também não é o melhor ''passador'', mas consegue unir características que se tornam decisivas. Defensivamente contribui com intensidade na abordagem de marcação, capacidade de cobrir uma faixa extensa de campo, agressividade. Ofensivamente é inteligente para tomar as melhores decisões e auxiliar na construção com passes precisos.
O desempenho contra a França é a prova cabal disso. Foi um dos membros mais ativos do time até a metade da 2ª etapa. Acertou 90% dos passes. Ganhou metade dos duelos individuais que disputou. Scaloni foi premiado ao confiar em um de seus atletas mais regulares. Sabia que o bom futebol voltaria junto com o crescimento do time. E que a equipe precisava do ajuste oferecido por ele em campo.
Já Mac Allister foi a melhor peça encontrada para se aproximar daquilo que Lo Celso fazia. O meia do Villarreal ''esconde'' a bola como poucos. Dita o ritmo das jogadas com elegância e eficiência nos passes, no controle da pelota e em dribles curtos. Um meio-campista argentino na essência. Desfalque de peso para a Copa do Mundo.
Papu Gómez foi testado na estreia e não agradou. Mac Allister foi a opção de Scaloni a partir do jogo com o México. Foi discreto inicialmente, mas deixou nítido que era a melhor opção para dar mais segurança na circulação da bola. Se estabeleceu nesta Copa, assim como De Paul, a partir do jogo com a Polônia, quando abriu o placar e foi apontado por Lionel Messi como o melhor em campo.
O jogador do Brighton compôs o trio de meio com De Paul e Enzo Fernández pelo lado esquerdo, mas também jogou como um meia aberto pela esquerda diante da Croácia, quando a opção de Scaloni foi um 4-4-2. É muito versátil, algo que já mostrou nas diferentes funções que faz na Premier League.
De Paul e Mac Allister não são craques, mas representam aquilo que há de mais importante para um meio-campista no futebol de hoje. Poder de marcação, capacidade de retenção de bola, intensidade nos diferentes momentos do jogo e qualidade no passe. Entram para a história como peças-chave na ''Scaloneta''.
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