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O salto de Julián Álvarez, o melhor finalizador da Copa
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Dificilmente uma equipe campeã começa e termina a Copa com os mesmos titulares. A Argentina não foi a primeira e nem será a última a inserir, entre os principais atletas de uma campanha vencedora, nomes que eram reservas antes do torneio. Julián Álvarez mudou totalmente o seu status no plantel de Lionel Scaloni e, além dos quatro gols marcados, deixou o Mundial como o melhor finalizador entre todos os atletas.
A cada três arremates do atacante do Manchester City, dois ganhavam a direção da meta adversária. Os 66% de aproveitamento o colocaram no topo, à frente de Neymar e Messi, que completam o ''pódio''. Nada mal que para quem já mostrou essa deficiência em alguns momentos. Na própria Copa do Mundo, no duelo contra a Polônia, perdeu duas ótimas chances antes de marcar um lindo gol no 2º tempo.
A liderança neste quesito é uma grande notícia para o seguimento da carreira do jovem atacante. Ele tem 22 anos e ganhou a posição de Lautaro Martinez na Argentina não só pelo melhor momento técnico que vive, mas também pela característica mais móvel em relação ao centroavante da Inter de Milão.
Álvarez traçou muitas diagonais no ataque argentino, conseguiu ocupar uma faixa mais extensa, oferendo novas possibilidades a Messi e aos demais companheiros, seja de uma jogada em profundidade ou em apoios de costas para o gol, mesmo não sendo exatamente a especialidade.
Se a dura concorrência na Albiceleste foi batida por Julián durante a Copa do Mundo, o mesmo não se pode dizer de seu clube. No Manchester City o duelo é contra ninguém menos do que Haaland. Certamente o principal centroavante surgido nos últimos anos na Europa. O norueguês mostra-se mais completo do que Álvarez neste momento, além de ser um jogador mais forte fisicamente para o jogo entre os zagueiros.
Como Pep Guardiola não costuma utilizar uma dupla de ataque e possui opções mais afeitas a jogar como ponta em relação a Julián, o atacante argentino terá que seguir sua batalha por mais minutos. O desempenho na Copa, porém, pode ter deixado uma pulga atrás da orelha do técnico espanhol. Obviamente ele já sabia do que o seu jogador era capaz, mas se provar em um Mundial costuma transformar carreiras.
Revelado pelo River Plate em 2018, Julián Álvarez já tem o título mais cobiçado da bola apenas quatro anos mais tarde. Joga em uma das melhores equipes do mundo e pode se desenvolver ainda mais para se fixar entre os principais atacantes da história do futebol argentino. Tem uma carreira extensa pela frente. E se as finalizações já foram pouco precisas, nada melhor do que a Copa para mostrar o contrário.
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