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Permanência de Pezzolano é o maior reforço do Cruzeiro em 2023
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Se há um treinador estrangeiro que chegou ao Brasil em 2022 e se firmou com um trabalho sólido, este é o uruguaio Paulo Pezzolano. Recebeu a missão de reconduzir a Raposa dentro de campo de volta à Série A e obteve êxito. Agora, diante de adversários de nível superior, e com um elenco bem transformado em relação ao último ano, ele poderá mostrar o quanto é bom.
As perdas do time de Belo Horizonte são consideráveis. Cinco dos dez jogadores mais utilizados pelo técnico uruguaio na temporada passada deixaram o clube: o volante Willian Oliveira, o lateral-esquerdo Matheus Bidu, o centroavante e artilheiro Edu, o zagueiro Zé Ivaldo, e o lateral-direito Geovane Jesus.
Todos eles foram destaques em algum momento da campanha do título da Segundona e fizeram parte da espinha dorsal do time. As saídas ocorreram por motivos variados, mas a grande maioria ainda gira em torno de não ser um clube capaz de investir uma alta quantia financeira. Seja em manutenção de peças ou em contratações.
Mesmo se tornando SAF, o Cruzeiro, comandado por Ronaldo, que deixou bem claro desde o início que não faria loucuras, terá um elenco modesto para 2023. As muitas contratações feitas até agora, com raras exceções, são um misto de apostas em bons valores garimpados na última Série B, com atletas que não tiveram grande desempenho recentes em outros clubes da Série A.
Wesley, Nikão, Mateus Vital e Ramiro são os nomes mais conhecidos. Mas todo mundo sabe que o que fizeram nos últimos 12 meses não anima tanto. Novos e interessantes nomes surgirão até o fechamento da janela de transferências, mas nada de muito impacto.
Nikão vinha bem até 2021 no Athletico, mas conviveu com vários problemas físicos no São Paulo. Jogou pouco. Vai precisar retomar o ritmo na carreira.
Mateus Vital e Wesley não desabrocharam da forma esperada. E Ramiro é um jogador que perdeu espaço no futebol brasileiro recentemente.
Há ainda a chegada do lateral-direito William, que se destacou no Internacional, foi campeão olímpico em 2016 e viveu bons momentos no futebol alemão, mas ele se recupera de lesão e não se sabe em que nível voltará.
A boa notícia é a manutenção de nomes importantes do sistema defensivo. Rafael Cabral, Eduardo Brock, Lucas Oliveira e o volante Machado vêm de ótimo ano. O meia Daniel Junior e o atacante Bruno Rodrigues também são uma ótima opção. Alguns deles, porém, precisam se provar no nível da Série A.
Fernando Canesin, Jaja, Luvannor, Rodolfo e Rômulo foram outras saídas relevantes do elenco cruzeirense. Não que fossem imprescindíveis para o que o clube pretende na volta à elite, mas estavam habituados ao jeito do time jogar.
Conseguir fazer os novos integrantes do elenco se aproximarem dos antigos em entendimento da proposta adotada precisa ser a prioridade de Paulo.
Em termos de organização coletiva, poucos times podem dizer que superaram o nível da Raposa nas duas principais divisões do futebol brasileiro em 2022. Se agarrar nisso é o caminho. Pezzolano montou um time basicamente do zero, e terá que novamente voltar algumas ''casas'' para que o Cruzeiro tenha um 2023 tranquilo.
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