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Segovia: o zagueiro com passe de meia que chega ao Botafogo
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Depois de contratar mais de 20 jogadores na temporada passada, o Botafogo faz agora ajustes pontuais em seu elenco para a temporada 2023. Além do volante Marlon Freitas e do atacante Carlos Alberto, que vieram de Atlético/GO e América/MG respectivamente, o Glorioso trouxe o zagueiro equatoriano Luis Segovia. O que mais chama a atenção no futebol dele é a capacidade de construção ofensiva.
Mesmo se tratando de um defensor, Segovia sempre se notabilizou pela qualidade nas ações de ataque. Isso, de uma certa forma, também reflete o que há de mais frágil no futebol dele. Não que seja um zagueiro fraco para marcar, mas a proteção de área é oscilante, e isso terá que ser trabalhado para conseguir uma vaga como titular.
O novo atleta alvinegro disputará posição diretamente com Victor Cuesta, que fez um bom Brasileirão em 2022 e consegue mais equilíbrio nos aspectos defensivos e ofensivos. Acrescenta bons passes na saída de bola, inversões e até mesmo cruzamentos na segunda trave quando o adversário está recuado. É é mais firme na própria área em relação a Segovia.
A chegada do ex-jogador do Independiente del Valle, além de fomentar a disputa pela posição no lado esquerdo da zaga alvinegra, também visa rejuvenescer o setor, oferecer mais opções a Luís Castro na temporada cheia de jogos que o Botafogo terá pela frente. Segovia é nove anos mais jovem do que Cuesta. Ainda há margem para evoluir, mesmo a meses de completar 26 anos.
O técnico português quer fazer um Botafogo mais protagonista com a bola. Foi assim em grande parte da carreira dele, mas não a realidade alvinegra no maior período de 2022. Segovia conhece essa realidade. O Independiente del Valle só joga assim. Posse de bola. Time instalado no ataque, e zagueiros participando ativamente da circulação à frente da linha que divide o gramado.
O novo defensor canhoto do Glorioso era visto quase como um dublê de lateral-esquerdo em diversos momentos. Conduz a pelota com desenvoltura, se arrisca para liberar uma linha de passe aos companheiros. Executa passes verticais precisos e inversões constantemente.
O problema maior vem na hora de ''correr para trás''. Consegue reagir rapidamente e retomar muitas bolas dentro do campo rival. 25% de seus desarmes são no gramado contrário contra 11% de Cuesta. Mas no momento de recompor e se reposicionar na última linha em contra-ataques do adversário acaba pecando.
Pode ser também um pouco mais duro nos combates. Assertivo em duelos defensivos. O futebol brasileiro conta com atacantes mais potentes e talentosos do que a média que enfrentava no Equador.
Segovia é também uma opção caso Castro queira atuar com uma linha de três zagueiros. Pode centralizar Cuesta e ter o equatoriano e Adryelson ao lado dele. Para ser titular como um dos defensores de uma dupla em linha de quatro, porém, terá que provar que pode ao menos igualar a segurança defensiva que a dupla que terminou o Brasileirão teve.
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