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Celso Roth reaparece e vai montar um time com a sua cara no Juventude
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Um dos técnicos mais controversos da história recente do futebol brasileiro está de volta ao cenário. Na realidade, depois de seis anos longe do trabalho à beira do campo, Celso Roth já havia comandado o Juventude em quatro jogos da reta final do Brasileirão 2022. Mas ali iniciava apenas uma transição em um time matematicamente rebaixado para a Série A visando a temporada 2023. E ela começou no melhor ''Estilo Roth''.
O Juventude empatou com o Internacional dentro do Beira-Rio na estreia das equipes no Campeonato Gaúcho. Mesmo considerando que cada jogo tem a sua história e uma temporada inteira pela frente vai oferecer cenários diferentes para o time de Caxias do Sul, os 90 minutos em Porto Alegre foram esclarecedores para entender como deve se comportar o ''Papada'' ao longo de 2023.
É só traçar um paralelo com a carreira de Roth. Obviamente que o gol marcado por Rodrigo Rodrigues logo aos três minutos, aproveitando a falha de Keiller ao rebater o chute de Mandaca, condicionou a postura em campo, mas o Juventude entrou no gramado para fazer exatamente aquilo.
A começar pela escalação. Roth montou um 4-1-4-1 com Jean Irmer, Mandaca e Emerson Santos marcando pelo centro. Volantes que poderiam tranquilamente jogar como o homem mais recuado de uma equipe, mas que estiveram juntos no setor para bloquear as investidas coloradas.
Pelo lado esquerdo Jadson, volante de origem, foi escalado para marcar quase que individualmente Bustos, o lateral mais agudo do Inter. Ou seja, eram quatro volantes de formação entre os dez jogadores de linha. Os laterais pouco passaram do meio-campo, e David era a única opção de escape em velocidade na ponta-direita. Depois entrou Echaporã, que fez o mesmo papel, só que foi mais eficiente.
Quando estava em fase ofensiva, a proposta do Juventude era buscar as ligações diretas para Rodrigo Rodrigues disputar a ''primeira bola'' pelo alto. Com 1,91m ele ganhou algumas. A presença dele será importante para que esta ideia, a principal ofensiva da maioria dos times de Celso Roth, seja executada. No ano passado, Rodrigo fez mais de 20 gols no rebaixado CSA. Gera perigo por sua presença.
A demora na reposição da bola em jogo, a famosa ''cera'' quando estiver vencendo, é outro aspecto que deve aparecer no Juventude a julgar pelo demonstrado ontem, o que está em total conformidade com o histórico de comando do treinador. O espírito competitivo, com muita luta na disputa de cada bola, foi mais um traço marcante dele presente em campo.
O Juventude fez diversas mexidas em seu elenco e vai seguir se reforçando ao longo da temporada. Sabemos o quanto o mercado mexe com os times de Série B entre o Estadual e o Brasileirão. Destaques de equipes menores de São Paulo são contratados e nomes importantes do alviverde podem deixar Caxias do Sul. Isso pode influenciar, mas Celso Roth já tem um plano e é difícil duvidar da competitividade dele.
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