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Praticidade e pontaria são as marcas do Brasil no Sul-Americano sub-20
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A seleção brasileira segue bem no Sul-Americano Sub-20 disputado na Colômbia. Depois de despachar o Peru por 3x0, foi a vez de bater a Argentina na noite desta segunda-feira. O time mostrou maturidade para adotar o comportamento ideal em cada período do jogo e teve aproveitamento altíssimo nas chances criadas. Somente uma improvável combinação de resultados e derrotas para Colômbia e Paraguai nas últimas duas rodadas da 1ª fase eliminam a equipe nacional.
Escalações
Ramon Menezes não teve o zagueiro Weverton (Cruzeiro), o atacante Sávio (PSV) e o centroavante reserva Renan Viana (Athletico). Em relação ao time da estreia, deu chance ao zagueiro Jean (Coritiba) na zaga e a Giovane (Corinthians) na ponta-direita. Stênio (Cruzeiro) e Douglas Mendes (Red Bull Bragantino) ficaram no banco.
Já o lendário Javier Mascherano, treinador da seleção sub-20 argentina, não contou com o meia Buonanotte (Brighton). Fez cinco mudanças em relação ao time que perdeu para o Paraguai na estreia. Destaque para a entrada do talento Julián Fernandez (Velez) pelo lado direito do ataque.
Bola rolando
Foco e intensidade desde o primeiro minuto. Assim os jovens brasileiros encararam o clássico continental. A postura, somada aos espaços bem ocupados no campo, geraram um gol rapidamente. Marlon Gomes, novamente um dos melhores em campo, retomou a bola de Génez após lateral cobrado na área e chutou cruzado. O goleiro argentino espalmou para o meio da área e Guilherme Biro abriu o placar.
O gol do meia do Corinthians fez com que a Argentina tomasse as rédeas da posse de bola e ocupasse o campo brasileiro. Havia pouca fluência, porém, na circulação da bola. O gramado irregular prejudicava. Aguirre era o homem mais perigoso. Acertou uma cabeçada no travessão após cruzamento de Giay e bateu falta perigosa um pouco antes.
Faltava um pouco mais de contundência na última linha defensiva do Brasil. Os atacantes argentinos ganharam alguns duelos físicos, e um deles gerou uma penalidade máxima aos 24'. Um minuto depois, Mycael, que já havia decidido um Sul-Americano sub-15 contra a própria Argentina em 2019, ao defender um pênalti, fez o mesmo. Parou a cobrança forte de Infantino no meio do gol.
A defesa do arqueiro do Athletico deu mais tranquilidade ao Brasil, que seguiu sem reter tanto a bola, mas ganhou duelos no meio-campo com maior frequência. Andrey e Marlon Gomes passaram a tomar conta do setor. Desarmar e puxar contragolpes. Alexsander também dava uma força e Giovane participou de boas transições pela direita.
Andrey Santos interceptou um passe aos 34 minutos e arrastou a bola pelo meio da defesa albiceleste. Saiu cara a cara com o goleiro e bateu firme no canto direito para vencer Gomes Gerth. Na 2ª etapa,
a Argentina melhorou com a entrada de Nicolas Paz, atleta do Real Madrid B. Conseguiu encaixar passes mais efetivos na direção da área brasileira e Perrone perdeu ótima chance de diminuir.
Faltou mais controle das ações ao Brasil, que se fechou e busca de contra-ataques, mas na prática encaixou poucas transições rápidas. A situação voltou a ser mais tranquila com a entrada de Ronald no meio-campo. Já no fim, o zagueiro Di Lollo falhou e cometeu pênalti em Vitor Roque. O camisa 9 bateu e fez seu terceiro gol na competição. Ainda deu tempo de a Argentina diminuir Maxi Gonzalez nos acréscimos.
A classificação antecipada para o hexagonal final dá a Ramon Menezes a possibilidade de ministrar o desgaste dos jogadores nos próximos dois jogos. Eles serão disputados até sexta-feira. Dá tempo também de recuperar jogadores lesionados e trabalhar com tranquilidades detalhes que precisam de melhoria no time, como o potencial de criação diante de equipes mais fechadas.
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