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Competir é o 'reforço' do Palmeiras para superar o exposto Flamengo
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Um dos principais debates antes da final da Supercopa era a escassez de reforços do Palmeiras para encarar o Flamengo em igualdade de condições. Isso é importante e o alviverde vai precisar de novas peças em seu plantel, mas no primeiro duelo entre os dois melhores times do país hoje, o Palestra provou que a organização coletiva e a capacidade para marcar mais que o rival podem fazer a diferença.
Escalações
Abel Ferreira confirmou o meio-campo com Gabriel Menino. Escalou o mesmo time que vem sendo a base neste início de temporada, com Dudu e Rony pelos lados e Endrick centralizado na linha de frente. Já Vitor Pereira optou por Varela e Ayrton Lucas nas laterais, repetindo o 4-4-2 que vem escalando.
Bola rolando
O Palmeiras foi o dono do 1º tempo. Mais firme nos combates e ajustado no posicionamento defensivo, não deixou o Flamengo confortável para circular a bola e se instalar no campo de ataque. Forçou algumas ligações diretas, ganhou ''segundas bolas'', e foi mais agudo que o time carioca na hora de avançar.
Gabriel Menino se soltava como um meia pela direita. Veiga ocupava o setor pela esquerda. Rony era acionado em profundidade e fazia diagonais entre Léo Pereira e Ayrton Lucas, atacando as costas do lateral. Dudu buscava o 1x1 contra o Varela. O Flamengo marcava mal. Frouxo na abordagem na maioria das vezes, espaçado entre os setores, com crateras entre os jogadores de meio. Não controlava o jogo.
Faltava ao Verdão terminar melhor os ataques. Parecia tenso neste momento. Por isso não criou tanto quanto poderia. Acabou saindo atrás do marcador em lampejo individual de Arrascaeta, que retomou uma bola que havia perdido para Zé Rafael e foi derrubado pelo camisa 8 na área. Gabigol cobrou a penalidade com a eficiência tradicional e abriu o placar aos 25 minutos.
Mesmo com Abel muito nervoso na beira do campo, o alviverde não saiu do prumo emocional. Seguiu mais consistente e chegou naturalmente aos gols da virada. David Luiz falhou ao tentar cortar um chute Dudu e a bola sobrou para Raphael Veiga empatar aos 38'. A virada veio já nos acréscimos. Aproveitando os espaços nas costas de Thiago Maia e Gérson, Gabriel Menino recebeu e mandou uma bomba no ângulo esquerdo.
Dudu e Piquerez já haviam chegado perto de marcar. O resultado antes do intervalo foi incontestável. Além de marcar mal, o Flamengo esteve em outra rotação com a bola. Lento, sem movimentos de apoio ao homem da bola, gerando pouca profundidade quando era necessário. Bem previsível para a marcação palestrina. Endrick parecia um veterano. Se mexeu com desenvoltura e levou David Luiz a loucura.
A ''pegada'' da 1ª etapa por parte do Palmeiras na hora de marcar ficou no vestiário, e a partida se tornou totalmente aberta. Antes de empatar em um belo tento de Gabigol após enfiada milimétrica de Everton Ribeiro, o Flamengo já havia produzido com Pedro e Arrascaeta. Com espaços de parte a parte, os gols se multiplicaram, assim como as chances de gol nos dois lados.
Endrick recebeu um cruzamento na área e a bola bateu na mão de Everton Ribeiro na sequência. Raphael Veiga converteu o pênalti. A resposta do Flamengo veio em forma de golaço com Pedro, que finalizou de calcanhar um cruzamento rasteiro de Ayrton Lucas.
O melhor em campo, porém, reapareceria aos 28 minutos. Dudu tocou para Raphael Veiga e o cruzamento rasteiro encontrou a canhota de Gabriel Menino. Com o 4x3 no placar, Abel resolveu dar mais gás ao time. Sacou Endrick e Gabriel Menino para as entradas de Mayke e Jailson. Fortaleceu a marcação novamente, levou perigo em contra-ataques e segurou o placar.
Vitor Pereira vai precisar rever certas escolhas para encaixar uma equipe mais forte na marcação com a saída de João Gomes. Não se joga só com a bola no pé e em ritmo baixo com ela.
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