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Com Erison, São Paulo resolve importante lacuna de seu elenco
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Em meio a um planejamento de elenco atrapalhado para a temporada 2023, vide a questão do excesso de estrangeiros admitida pelo próprio Rogério Ceni, o torcedor são-paulino teve uma boa notícia essa semana. Sem centroavante reserva confiável desde o ano passado, o clube trouxe Erison, que acrescenta potência e poder de rodízio a Rogério Ceni no comando do ataque.
O centroavante passou a se destacar no cenário nacional ao disputar a Série B pelo Brasil de Pelotas em 2021. Mesmo com o rebaixamento do time gaúcho, fez oito gols em 19 jogos. Isso chamou a atenção do Botafogo, que o contratou e certamente não se arrependeu. Marcou 15 gols e deu três assistências em 34 partidas.
O desempenho rendeu um empréstimo ao Estoril. Em Portugal entrou em campo 15 vezes, 12 como titular, e balançou as redes quatro vezes. A média de gols inferior ao que vinha ocorrendo no Brasil não significa exatamente uma queda de produção. Tem mais a ver com a baixa produtividade ofensiva da equipe da costa lusitana. É o segundo time que menos finaliza na Liga local.
Erison tem 23 anos e é um centroavante canhoto de mobilidade. Não tem tanto refinamento técnico com a bola, encontrar bons passes e ter frequência positiva nas tabelas e triangulações fora da área não é exatamente a sua melhor característica, mas compensa com o volume que costumar dar em suas ações. Pressiona a saída de bola adversária, luta com os zagueiros com intensidade.
Possui força para os duelos físicos, busca constantemente o contato corporal com os defensores rivais, apresentando capacidade de segurar a bola de costas. É comum receber a pelota assim, girar o corpo, e romper a marcação.
Tem personalidade e não fica preso dentro da área. Possui explosão em distâncias curtas e um potente chute de perna esquerda. Nas bolas aéreas precisa evoluir para aproveitar a sua boa estatura.
Além de tudo isso citado acima, a presença de Erison no elenco faz com que Ceni possa descansar Calleri em determinados momentos, algo que não foi possível fazer de maneira correta desde o segundo semestre do ano passado. É provável que o argentino eleve o seu nível com isso. Foi um dos jogadores mais utilizados do elenco nos últimos 12 meses, teve pouco descanso.
Rogério ainda vai ganhar a possibilidade de ter dois jogadores com maior presença física na área ao mesmo tempo. Algo que pode se aplicar diante de adversários mais fechado, cenário em que o São Paulo sofre bastante.
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