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Sonolento e inoperante. O Corinthians que empatou sem gols com a Lusa
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Quem sentou na frente da TV para assistir Portuguesa x Corinthians da tarde deste domingo, em Brasília, certamente se sentiu convidado a uma soneca pós-almoço. A Lusa se fechou com competência e anulou um Timão sem capacidade para superar o cenário. Nem mesmo a liberdade dada a Renato Augusto no 2º tempo resolveu o problema alvinegro. Já são dois jogos sem vencer antes do clássico com o Palmeiras.
Escalações
Gilson Kleina teve o retorno do volante Marzagão, que reassumiu a ''cabeça de área'' após lesão. Na vaga do experiente zagueiro Victor Ramos, que rescindiu contrato com o clube nesta semana, Robson estreou na temporada e fez dupla com Bruno Leonardo.
Já Fernando Lázaro contou com as voltas de Yuri Alberto e Renato Augusto ao time titular. Fágner foi o desfalque e Rafael Ramos entrou na lateral-direita. Cássio foi escalado inicialmente, mas sentiu os sintomas de uma virose durante o aquecimento e acabou substituído por Carlos Miguel. Na zaga, Bruno Méndez foi o companheiro de Gil.
O jogo
Dentro da proposta adotada por cada equipe para o duelo, é correto dizer que a Portuguesa travou o Corinthians no 1º tempo. Bem fechada em um 4-1-4-1, não deu espaços entre os setores e se mostrou concentrada e intensa nas abordagens de marcação. Com coberturas sempre próximas, impedindo situações de mano a mano, dificultou demais a vida de um alvinegro lento e burocrático.
É preciso frisar também o estado do gramado do estádio Mané Garrincha. Em virtude do acúmulo de jogos em pouco tempo, muitas irregularidades começaram a surgir desde a Supercopa do Brasil, e isso também influenciou para um Corinthians pouco criativo. Havia sempre a necessidade de um toque a mais para controlar a bola em espaços curtos, e aí a Portuguesa desarmava ou interceptava as jogadas.
Renato Augusto foi utilizado muito aberto pela esquerda até os 30 minutos. Fábio Santos fez a saída de bola alinhado aos zagueiros e depois se soltava por dentro. Rafael Ramos ganhou mais liberdade para se projetar em amplitude pela direita e Adson flutuou para as costas do meio-campo. Róger Guedes se aproximava de Yuri Alberto pelo meio. E Vera e Du Queiroz iniciavam os ataques.
Além de circular a posse com lentidão e só ''verticalizar'' o jogo com Fausto Vera, os jogadores se mexeram pouco dentro das zonas citadas no parágrafo anterior. Adson foi a exceção. A melhor chance corintiana veio com Róger Guedes, aos 40', mas ele bateu em cima de Thomazella após belo passe de Renato Augusto. O próprio Róger Guedes voltou a ser parado pelo goleiro da Lusa nos acréscimos.
O time do Canindé também teve seus momentos de perigo. Tauã, além do bom trabalho de marcação, foi uma interessante válvula de escape pela direita. Com laterais mais presos e Marzagão se destacando nos desarmes à frente da área, a opção era acionar os pontas. João Victor foi o jogador mais perigoso pela direita. Finalizou duas vezes com perigo contra a meta de Carlos Miguel.
O Corinthians voltou para o 2º tempo com Renato Augusto mais solto pelo meio, à frente de Du Queiroz e Fausto Vera. Adson ficou mais preso pela direita e Róger Guedes se fixou na ponta-esquerda. O camisa 8 logicamente participou mais do jogo e isso por si só qualificou a circulação de bola do Timão. A Portuguesa, porém, seguia fechada, e as chances continuaram raras para a equipe do Parque São Jorge.
Pouco antes de ser substituído por Romero, Róger Guedes voltou a levar perigo ao finalizar na rede pelo lado de fora uma boa jogada iniciada por Rafael Ramos. Paulinho e Giuliano também foram a campo, mas a inutilidade coletiva do Corinthians permaneceu até o fim dos 90 minutos. A Portuguesa conseguiu um importante ponto para seguir lutando contra o rebaixamento.
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