Coronavírus: torneio de Indian Wells é cancelado
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Na véspera do que seria o primeiro dia do Torneio de Indian Wells, um dos maiores do calendário mundial do tênis, os organizadores decidiram cancelar o evento por causa do coronavírus. Em comunicado divulgado por volta das 19h locais de domingo (23h de Brasília), o torneio explicou que "o Departamento de Saúde Pública do condado de Riverside declarou estado de emergência pública no Vale de Coachella após um caso confirmado de coronavírus (COVID-19) na região. Como resultado, o BNP Paribas Open de 2020 não será realizado neste momento por causa de temores envolvendo o coronavírus e a segurança dos participantes e dos espectadores do evento. Isso segue a orientação de profissionais médicos, do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e do Estado da Califórnia."
O torneio começaria nesta segunda-feira, com a disputa do qualifying, e terminaria no dia 22 de março. No circuito masculino, o torneio de Indian Wells é um Masters 1000, que dá 1000 pontos ao campeão. No circuito feminino, o torneio é um Premier Mandatory, que também dá 1000 pontos à vencedora.
"Estamos muito decepcionados com a não realização do torneio, mas a saúde e a segurança de comunidade local, fãs, jogadores, voluntários, patrocinadores, funcionários, concessionários e todos envolvidos com o evento é de suma importância. Estamos preparados para realizar o torneio em outra data e vamos considerar opções", disse o diretor do torneio de Indian Wells, o ex-tenista alemão Tommy Haas.
ATP e WTA não confirmaram oficialmente, mas a expectativa é que todos tenistas percam os pontos conquistados no ano passado. Quem mais perde com isso são o austríaco Dominic Thiem, que bateu Roger Federer na final do ano passado, e a canadense Bianca Andreescu, que levantou o troféu ao superar Angelique Kerber na decisão. Caso o torneio seja realizado em outra data - o que seria um enorme desafio em um calendário já lotado de torneios, especialmente em ano olímpico, com os Jogos Tóquio 2020 encaixados na temporada - os pontos serão somados logo após sua realização. É assim que costuma acontecer nos dois circuitos quando um torneio muda de data.
Aviso de última hora provoca reclamações
O anúncio pegou os tenistas de surpresa, e alguns rapidamente manifestaram sua insatisfação com o cancelamento de última hora. O argentino Diego Schwartzman, número 13 do mundo, reclamou que não recebeu aviso nenhum diretamente do torneio e que só ficou sabendo da não realização via redes sociais e WhatsApp.
O mesmo aconteceu com a belga Kirsten Flipkens e a romena Sorana Cirstea. A primeira mandou um recado para a WTA: "Não seria o mínimo que vocês poderiam fazer organizar uma reunião de emergência com as jogadoras?" Cirstea aproveitou o fio e confirmou que soube do cancelamento do torneio pelo Twitter.
E Miami?
O próximo grande torneio do calendário é Miami Open, marcado para começar no dia 23 de março. Existe a expectativa de que o evento da Flórida, que costuma receber muitos brasileiros, também não aconteça. O britânico Jamie Murray, ex-número 1 do mundo nas duplas, levantou a questão em sua conta no Twitter: "Não é bom para o circuito se Indian Wells foi cancelado por causa de um caso confirmado no Vale de Coachella. O condado de Broward (onde acontece o Miami Open) tem mais casos confirmados. Monte Carlo fica perto d norte da Itália, que está atualmente em lockdown. E o Masters de Roma? Roland Garros? Wimbledon?", escreveu.
A organização do Miami Open não se manifestou após o cancelamento de Indian Wells. Antes, contudo, o torneio já havia anunciado medidas preventivas em um comunicado conjunto enviado por ATP e WTA. Entre elas, estavam o uso de luvas por parte de boleiros, que também passariam a não manusear as toalhas dos jogadores; jogadores e mascotes não entrariam de mãos dadas em quadra; jogadores não aceitariam canetas, bolas ou outros itens de fãs para autógrafos. O cancelamento de Indian Wells, contudo, dá a entender que as medidas não seriam suficientes.
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