Nadal domina Djokovic, vence 13º Roland Garros e iguala 20 slams de Federer
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Quando chegou a Paris este ano, Rafael Nadal disse que seria o Roland Garros mais difícil de sua carreira. Um torneio com bolas mais duras, baixas temperaturas e condições muito mais lentas seria muito diferente do evento que é habitualmente jogado em maio e junho, no verão europeu. Além disso, o próprio Rafa fez uma preparação curta após seis meses sem jogar por causa da pandemia. Tudo jogava contra. No entanto, se as duas semanas de torneio foram incomuns, o evento terminou com uma jornada rotineira: um atuação espetacular de Nadal e o troféu de campeão em suas mãos após derrotar Novak Djokovic na final por 6/0, 6/2 e 7/5.
O título deste ano, 13º da carreira de Rafa em Roland Garros, é especial para o espanhol de 34 anos por uma série de motivos que vão além das dificuldades extras de 2020. Com ele, Nadal iguala os 20 títulos de slam em simples conquistados por Roger Federer. Os dois agora dividem o posto de maiores vencedores de slam da história do tênis masculino. Além disso, o triunfo sobre Djokovic neste domingo foi o 100º da carreira de Rafa em Roland Garros. Ele se torna o primeiro tenista da história - homem ou mulher - a vencer cem partidas no saibro parisiense.
Dois outros números mostram a longevidade de Rafael Nadal na elite do tênis. Com mais essa conquista em Roland Garros, ele se torna o homem da Era Aberta com maior intervalo entre o primeiro slam e o mais recente: são mais de 15 anos entre Roland Garros/2005 e o título deste domingo. Além disso, Rafa é agora, de forma isolada, quem mais conquistou slams em simples na Era Aberta após os 30 anos. Ele tem seis títulos - um a mais que Djokovic.
Como aconteceu
O início foi amplamente favorável ao espanhol. Djokovic resolveu abusar das curtinhas logo no primeiro game e não teve tanto sucesso assim. Depois de vencer os dois primeiros pontos, perdeu os dois seguintes e acabou com o saque quebrado. Nadal apostava em sua consistência do fundo de quadra e tinha sucesso. Nole também teve problemas com o primeiro serviço. Com apenas 29% de aproveitamento, não conseguiu pressionar o espanhol, que conseguiu outra quebra para fazer 3/0. O duelo não era tão desequilibrado, mas o campeão ganhava quase todos pontos importantes. No quarto game, salvou três break points. No quinto, voltou a quebrar Djokovic com um backhand vencedor na cruzada. Pouco depois, fechou o set em 6/0 somando apenas dois erros não forcados em 48 minutos de jogo.
O número 1 do mundo começou o segundo set agredindo mais e sacando melhor. Ainda assim, tinha problemas contra um Nadal que seguia errando muito pouco. Nole precisou salvar três break points no primeiro game para confirmar o serviço pela primeira vez na partida, mas não lhe serviu de muito. Rafa seguia melhor nos ralis, e as curtinhas do sérvio não faziam tanto estrago assim. Tanto no terceiro quanto no quinto games, foram pontos em curtinhas do sérvio que renderam break points ao espanhol. Nadal converteu chances de quebra nos dois games e abriu 4/1. Sem ter o serviço ameaçado, o espanhol fechou a parcial por 6/2.
Djokovic não conseguia encontrar soluções para mudar o jogo, mas manteve o saque nos dois primeiros games do terceiro set. Por outro lado, Nadal continuava sacando brilhantemente, praticamente anulando a melhor devolução do planeta. Nole perdeu a paciência no quinto game. Após errar uma curta e ver um winner de Nadal, o sérvio arriscou duas bolas e errou ambas. As falhas deram a Nadal a sexta quebra de saque do jogo e uma vantagem que já parecia decisiva. O número 1, contudo, ainda tentou uma reação. Após um par de raros erros não forçados do espanhol, Nole foi ao ataque com sucesso e devolveu a quebra no sexto game. Djokovic soltou um grito, e a torcida respondeu, deixando o jogo mais tenso. Gesticulando, gritando e falando sozinho, Nole salvou um break point no nono game e fez 5/4.
O plano superagressivo de Djokovic, contudo, cobrou seu preço. No 11º game, o sérvio cometeu três erros seguidos - uma esquerda na rede, uma direita longa e uma dupla falta - e perdeu o serviço. Com 6/5 no placar, Nadal confirmou o serviço sem drama e comemorou seu 13º título de Roland Garros.
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