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Luisa Stefani é 1ª brasileira forte candidata a um slam desde Maria Esther
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A parceria com a canadense Gabriela Dabrowski funcionou instantaneamente. Nos três torneios em que atuou com a nova companheira, Luisa Stefani fez três finais. Foi vice no WTA 500 de San Jose e no WTA 1000 de Cincinnati e campeã no WTA 1000 de Montreal. A paulista de 24 anos entrou no top 20 pela primeira vez na carreira, conquistou no Canadá seu troféu mais importante e colocou-se de vez na lista da fortes candidatas ao título do US Open, que começa na próxima segunda-feira.
Parece justo dizer que Luisa Stefani será a primeira brasileira com chances reais de título em um slam desde Maria Esther Bueno. Depois da maior tenista da história do país, o Brasil só esteve duas vezes nas quartas de final de duplas femininas em slams. Primeiro, com Patrícia Medrado e Claudia Monteiro, em Wimbledon/1982. Depois, com a própria Luisa e a americana Hayley Carter, no US Open do ano passado.
Nas duas ocasiões, porém, nenhuma parceria era vista com candidata ao título, o que ficou claro imediatamente. Medrado e Monteiro perderam para as cabeças 1, Martina Navratilova e Pam Shriver, por 6/3 e 6/2. Carter e Stefani foram eliminadas pela cabeças 3, Nicole Melichar e Xu Yifan, por 6/2 e 6/3.
Dois elementos, contudo, colocam, Stefani e Dabrowski um patamar acima, além da óbvia sintonia e das qualidades tenísticas que se complementam: o embalo de três semanas consecutivas com excelentes campanhas; e vitórias importantes sobre parcerias que também vão brigar pelo título em Nova York.
As duas mais importantes vieram na semana passada, em Cincinnati. Nas quartas de final, Luisa e Gaby superaram Shuko Aoyama e Ena Shibahara em dois sets: 6/3 e 6/3. Alem de ocuparem a nona posição no ranking, as japonesas vinham sendo uma pedra no sapato da brasileira. Luisa perdeu os quatro duelos anteriores contra as asiáticas - todas atuando ao lado de sua antiga parceira, Hayley Carter.
O resultado mais importante, porém, foi o triunfo sobre Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova nas semifinais: 7/5, 3/6 e 10/7. As tchecas são as atuais números 3 e 4 do mundo e este ano foram campeãs no WTA 1000 de Madri, em Roland Garros e nos Jogos Olímpicos Tóquio-2020.
Isso não transforma Luisa e Gaby instantaneamente em favoritas ao título, mas brasileira e canadense já ocupam uma posição junto a Mertens/Hsieh, Krejcikova/Siniakova, Aoyama/Shibahara, Mattek-Sands/Swiatek e alguns outros times que, nos 15 dias "certos", têm boas chances de levantar o troféu do US Open. Desde Maria Esther Bueno, não era possível falar isso sobre uma tenista brasileira.
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