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Vitória por WO não faz tão bem assim para Osaka no US Open
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Vencer sem entrar em quadra é sempre bem-vindo, especialmente em um slam, que dura duas semanas e coloca tenistas diante de todo tipo de adversidade, como calor, umidade, vento e até chuva - apesar das arenas com teto retrátil. E foi isso que aconteceu com Naomi Osaka, atual campeã do US Open, nesta quarta-feira.
A japonesa entraria em quadra pela segunda rodada do torneio nova-iorquino e enfrentaria a sérvia Olga Danilovic, número 145 do mundo e que veio do qualifying. No entanto, devido ao que o torneio anunciou como "razões médicas", Danilovic não entrou em quadra, e Osaka avançou à terceira rodada sem precisar se esforçar.
Naomi agora espera, descansada, para encarar a canadense Leylah Fernandez, uma promissora canadense de 18 anos que vem subindo consistentemente no ranking e hoje ocupa o 73º posto do ranking. É justo que a japonesa, dona de quatro títulos de slam e campeã do torneio no ano passado, seja mais do que favorita aqui.
O WO, contudo, não colabora para o crescimento que Osaka precisa ao longo do torneio. Naomi, convém lembrar, vem de um período incomum. Depois de abandonar Roland Garros, no começo de junho, para tratar de sua saúde mental, Osaka voltou a competir apenas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde foi eliminada nas oitavas. Depois, foi ao WTA 1000 de Cincinnati e tombou na segunda fase, de forma surpreendente, superada pela suíça Jil Teichmann (#76 na ocasião). Por isso, chegou ao US Open precisando voltar à sua melhor forma e recuperar ritmo de jogo.
É justamente nesse quesito que o WO pode atrapalhar os planos de Osaka. É muito bom ter dias livres e treinar sem evitar o desgaste de competição. No entanto, não há substituto para competição de verdade. Em sua estreia no US Open (veja os melhores momentos no vídeo acima), Osaka esteve longe de fazer uma atuação brilhante, no nível que é capaz de mostrar. O duelo desta quarta, com Danilovic, seria uma bela oportunidade para ganhar mais tempo em quadra e trabalhar em seus golpes.
Do jeito que as coisas aconteceram, Osaka só terá mais um jogo a fazer antes das oitavas, quando seu caminho começa a complicar de maneira considerável. Se confirmar o favoritismo e passar por Fernandez, Naomi pode encarar Angelique Kerber, Cori Gauff ou Sloane Stephens. As três são tenistas consistentes, com recursos interessantes e que podem dar muito trabalho para - e, por que não, até superar - uma Osaka aquém do seu melhor.
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