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IMG precisa vender sua parte no Rio Open, e torneio carioca corre risco
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A IMG, agência gigante que gerencia carreiras e organiza grandes eventos esportivos e de entretenimento, concluiu, recentemente, a compra do Masters 1000 de Madri. Segundo o Sports Business, o negócio estava fechado desde dezembro, mas precisava de aprovação da ATP e da WTA.
No entanto, a condição para a autorização do acordo é ruim para o tênis brasileiro. A IMG também é dona do Masters 1000 de Miami, e o estatuto da ATP prevê que uma operadora não pode ter mais do que dois torneios de nível top (incluindo ATPs 500 e Masters 1000). O torneio da Flórida é mais importante e movimenta mais dinheiro, portanto o Rio perde essa briga. Logo, o evento carioca passa a viver um momento de incerteza, havendo o risco real de que ele deixe de ser realizado no Brasil - afinal, o comprador pode levar o torneio para outra cidade.
Atualmente, o Rio Open é de propriedade de duas empresas: a IMG possui 50%, enquanto a outra metade pertence à IMM, uma joint venture da própria IMG com a Mubadala, que é um grupo de investimento sediado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. É a IMM, cujo CEO é o ex-velejador e empresário brasileiro Alan Adler, que toca, na prática, o dia a dia do Rio Open.
O Saque e Voleio apurou que Adler esteve na Flórida nos últimos dias, durante o Miami Open, para conversar com executivos e encontrar uma maneira de seguir viabilizando o torneio no Rio de Janeiro. No entanto, a posição oficial da IMM não soa muito animadora:
"A propósito da obrigatoriedade de a IMG efetivar a venda de sua participação no Rio Open de Tênis, informamos que, neste momento, a IMM avalia as melhores opções para manter a realização do Torneio no Rio de Janeiro" - foi o texto enviado pela assessoria de comunicação.
Quem conhece um pouco sobre comunicação corporativa entende que se o risco fosse mínimo, o tom da resposta seria outro e mais assertivo. Não foi o caso. O blog apurou que a nona edição do Rio Open, prevista inicialmente para fevereiro de 2023, tem boas chances de acontecer, mas ainda não está 100% certa - tanto que a IMM não dá essa garantia em sua resposta. É a partir de 2024 que o torneio corre maior risco.
Época de mudanças na ATP
Tudo isso acontece em um período de muita politicagem e ação nos bastidores do tênis masculino. O novo CEO da ATP, Andrea Gaudenzi, elaborou um plano de 30 anos para o crescimento do circuito, e suas ideias envolvem uma nova divisão de direitos de mídia e das receitas entre a ATP e os donos de torneio. Se aprovado, o plano pode trazer mudanças consideráveis já no calendário de torneios de 2023.
Enquanto isso, há negociações de todo tipo nos bastidores. Alguns torneios pedem mudança de piso e data. Outros requisitam um período maior de realização, passando de uma para duas semanas - como aconteceu recentemente com o WTA de Madri (mas não com o ATP da capital espanhola). Tudo, porém, ainda será colocado em votação, e o calendário de 2023 não deve ser anunciado tão cedo.
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