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Roger Federer: próxima vez em Wimbledon deve ser mesmo a última
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Antes de qualquer jogo na principal arena do tênis mundial, o All England Club realizou, neste domingo, uma celebração dos 100 anos da Quadra Central de Wimbledon. Um evento lindo que reuniu alguns dos maiores campeões do torneio. Para o público, um nome era mais aguardado e mereceu mais aplausos quando foi anunciado com entusiasmo por John McEnroe: Roger Federer.
Campeão oito vezes do torneio, o suíço de 40 anos não disputa uma partida oficial desde que foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon do ano passado. Desde então, passou por duas cirurgias no joelho e prometeu um retorno ainda em 2022. Vai estar presente na Laver Cup, em setembro, e, depois, no ATP 500 da Basileia, em seu país. Depois disso, nada está claro, e tudo parece indicar que esses dois eventos servirão de base para mostrar ao suíço como está seu joelho e quando e em que condições ele poderá estar no circuito em 2023.
Quando teve o microfone nas mãos durante a cerimônia, Federer deixou claro aquilo que parece inevitável, mas que nenhum fã de tênis gosta de ouvir: o fim está próximo e se (sim, infelizmente é preciso usar a condicional) ele voltar a Wimbledon, será para uma última campanha.
"Tive a sorte de jogar muitas partidas nesta quadra. É estranho estar aqui hoje em um tipo de papel diferente, mas é ótimo estar aqui, como Novak disse, com os outros campeões. Esta quadra me deu as maiores vitórias, as maiores derrotas..." ... "e apenas tentar tentar ter sucesso aqui e representar bem o esporte. Espero que eu tenha feito isso, e espero que eu possa voltar, como você disse, mais uma vez."
Talvez seja um exagero da minha parte ouvir as palavras de Federer no mais literal dos sentidos, mas foi como as processei. O suíço não falou "um par de vezes", "algumas vezes" ou "quem sabe mais de uma vez". Roger foi simples e objetivo: "mais UMA vez". Umazinha só, que ainda veio com dramático "espero que" antes. Tirando de vez as esperanças de vê-lo em quadra por mais de uma temporada, nem que fosse com um calendário ultrarreduzido.
Moral da história? A próxima vez de Federer em Wimbledon deve ser mesmo a última. A combinação mais harmoniosa do tênis, a junção de tradição e classe, nos dará uma derradeira apresentação. Aproveitemos.
Coisas que eu acho que acho:
- A entrada dos campeões de Wimbledon (nem todos foram) na Quadra Central foi algo de magnífico para quem gosta e aprecia a história do esporte. Vejam o segmento inteiro no vídeo acima. Por favor.
- Fãs de Nadal (36 anos) e Djokovic (35): façam o mesmo. Aproveitem ao máximo os últimos anos de seus tenistas favoritos.
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