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A gloriosa volta de Luisa Stefani

Luisa Stefani na final do WTA 1000 de Guadalajara em 2022 - Reuters
Luisa Stefani na final do WTA 1000 de Guadalajara em 2022 Imagem: Reuters

Colunista do UOL

24/10/2022 10h57

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No dia 10 de setembro de 2021, Luisa Stefani sofreu, durante as semifinais de duplas do US Open, uma das lesões mais sérias que um tenista pode ter no joelho: uma ruptura no ligamento anterior cruzado. Voltar às quadras exigiria um longo processo de reabilitação e muita paciência.

A paulista de 25 anos só voltou a competir no dia 14 de setembro deste 2022. Mais de um ano depois da lesão. Desde seu retorno, Luisa jogou quatro torneios com três parceiras diferentes. Foi campeã em dois deles (Chennai e Guadalajara), inclusive voltando a levantar um troféu de WTA 1000, o que aconteceu na noite deste domingo, no México, ao lado da australiana Storm Sanders e em cima da também brasileira Bia Haddad Maia, que teve com parceira a cazaque Anna Danilina.

Dois troféus em quatro torneios disputados é uma marca invejável para qualquer tenista. Para alguém voltando de lesão, mais ainda. No caso de Luisa, há um fator ainda mais animador na equação: a paulista ainda não está tão perto assim de jogar o nível de tênis que vinha mostrando antes da lesão. Ontem mesmo, Luisa cometeu duas duplas faltas e um erro não forçado quando sacou para o título no segundo set. Pouco depois, errou um smash não tão difícil. No match tie-break, mostrou-se insegura e arriscou pouco. Ainda assim, foi campeã.

Não, a intenção aqui não é criticar. Pelo contrário. Notar que Luisa ainda tem o que afiar em seu jogo e constatar que, mesmo antes disso, já está conquistando troféus, é observar as coisas com o copo metade cheio. Quando voltar a atuar com uma parceira fixa e recuperar o ritmo de competição de antes, a paulista é nome forte para brigar por títulos de slam, vaga no WTA Finals e, quem sabe, até pelo posto de número 1 do mundo. Hoje, o céu é o limite para Luisa.

Coisas que eu acho que acho:

- Com quatro torneios disputados, Luisa já é a número 55 do mundo nas duplas. Sim, eu escrevi quatro torneios. QUATRO.

- Foi bacana ver uma final com duas brasileiras, ainda que o nível da partida não tenha sido dos melhores na maior parte do tempo (o match tie-break, sim, foi excelente). Ao alcançar essa decisão, Bia Haddad garantiu sua vaga no Finals ao lado de Danilina. Uma parceria que aconteceu meio por acaso e foi vice-campeã do Australian Open teve seus altos e baixos e, na última hora, fez o bastante para ficar entre as oito melhores duplas de 2022.

- Nas simples, Bia não fez um grande fim de ano. Depois do US Open, não derrotou nenhuma top 50 e perdeu quatro de seus últimos seis jogos. Não parece preocupante diante do nível das adversárias que encarou (perdeu para Kudermetova, Krejcikova, Muchova e Siniakova). E a vaga no Finals acaba chegando como prêmio por uma grande temporada.

- Som de hoje no meu Kuba Disco: Glorious, minha preferida do Macklemore. Porque eu super consigo imaginar a Luisa cantando hoje "I'm back like I never left" e "I feel glorious".

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