Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Quando Rafa Nadal e nós somos todos iguais
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Meu momento preferido de todo o fim de semana em Belo Horizonte, onde estive para acompanhar o jogo-exibição entra Rafael Nadal e Casper Ruud, aconteceu fora do Mineirinho, antes de os dois tenistas entrarem em quadra.
Depois do almoço de gala oferecido a cerca de 550 pessoas, espanhol e norueguês foram para a sala de coletivas, onde falaram sobre todo tipo de assunto, de tênis à Copa do Mundo. A última resposta de Rafa, porém, me emocionou mais do que o resto. Foi quando ele falou sobre a sensação de ser pai. Nadal, afinal, teve seu primeiro filho - também chamado Rafael - em outubro deste ano, e o menino ainda não completou dois meses de vida.
A resposta me chamou atenção nem tanto pelas palavras - que, sejamos justos, também foram bonitas - mas muito mais pela expressão de Nadal. O sorriso e o brilho nos olhos enquanto tentava descrever a emoção de ser pai foram mesmo comoventes. Vejam no vídeo abaixo.
"O nome é pelo meu avô, que se chama Rafael. Um mundo novo, um mundo diferente, com uma pressão muito diferente de saber que uma pessoa depende de você, mas é igual com todos. Não é nada diferente para mim do que para todos os demais [pais]. Neste sentido, somos todos exatamente iguais. Sofremos pelos filhos, tentamos de alguma maneira que eles estejam o melhor possível. Estou aprendendo também porque esta é a primeira vez e tentando aproveitar ao máximo esta nova etapa da vida."
A frase também deixa evidente algo que é possível notar nas muitas coletivas que Nadal concede em torneios pelo mundo: ele tem a noção perfeita de quem é de seu tamanho. Sabe o porte de seus feitos, mas sabe também que fora de uma quadra de tênis é uma pessoa como qualquer outra, com qualidades e defeitos, e que precisa encarar os desafios do dia a dia com responsabilidade, como qualquer pessoa, não importa sua conta bancária. Admirável. Como digo com frequência, a grandeza de um atleta não pode ser medida apelas pelo que acontece dentro de um campo ou uma quadra. Tamanho é muito mais do que performance. E Rafael Nadal, caros leitores, é um dos gigantes.
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