Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Djokovic, o antivax que finge não saber a solução para jogar nos EUA
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No começo da semana, o presidente Joe Biden estendeu até 10 de abril a exigência de vacina contra covid-19 para a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos. Isso significa, entre um milhão de outras coisas, que Novak Djokovic não poderá disputar os Masters 1000 de Indian Wells e Miami.
Nesta quinta-feira, em Adelaide, Djokovic foi questionado sobre o tema e não pareceu tão bem informado assim. Primeiro, disse que viu "mas não acho que seja oficial ainda." Pouco depois, emendou: "Se for oficial, então é. O que posso fazer? Nada. É isto. Vocês sabem a minha posição. É o que é. Eu espero [poder jogar], mas não puder ir, não posso. É isto."
O talento de Nole com a raquete na mão é bem conhecido, e não é por acaso que o sérvio chega à Austrália este ano com o status de favorito para vencer o Australian Open e levantar um troféu de slam pela 22ª vez na carreira. Fora das quadras, no entanto, sua posição antivax (que ele ainda nega!) segue fazendo estragos em sua imagem e prejudicando sua carreira dentro delas.
"O que eu posso fazer?", Djokovic pergunta. A essa altura? Depois de tantas vidas salvas? Depois de uma redução monstruosa no número de mortes após a aplicação de vacinas? Depois de tempo suficiente para analisar com calma cada tipo diferente de vacina e se informar melhor sobre o tema e o balanço entre benefícios e possíveis efeitos colaterais?
Se dois anos atrás Djokovic tinha uma fagulha de argumento ao acreditar que as vacinas foram desenvolvidas muito rápido e, por isso, podia haver certo risco, agora, em 2023, a insistência na postura antivax e - pior! - a insistência em negá-la fazem o sérvio parecer apenas um burro teimoso (com o perdão da redundância, embora burros sejam menos teimosos que cavalos, por exemplo).
Importante: este blog está de férias até o dia 13, mas escreverei aqui neste período quando der vontade e o tempo permitir. Como agora.
Coisas que eu acho que acho:
- Que eu saiba, ninguém disse que um gênio em uma atividade precisa ser minimamente decente em outras. Quando foi à França em uma turnê com o Chicago Bulls, Michael Jordan queria visitar o "Luge" (Louvre); Roger Federer não sabe cozinhar (ou pelo menos não sabia quando deu essa entrevista); e Novak Djokovic, bem, é isso aí.
- Sobre a decisão de Biden: gostem ou não, cada país tem direito de estabelecer as regras de entrada em seu território. Escrevi sobre o tema neste post.
- Som de hoje no meu Galaxy Buds Pro: vamos de I Ain't Worried (OneRepublic) porque encaixa com essas vibes de Djokovic e seus fãs em janeiro.
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