Djokovic fatura 10º Australian Open e iguala recorde de Nadal com 22 slams

Uma nova atuação dominante completou mais uma campanha soberana de Novak Djokovic no Australian Open. Neste domingo, o sérvio conquistou o título do torneio pela décima vez ao bater o grego Stefanos Tsitsipas por 6/3, 7/6(4) e 7/6(5) em um duelo no qual sua superioridade jamais esteve ameaçada.

O título também significa que Djokovic agora volta a estar empatado com Rafael Nadal: os dois possuem 22 títulos de slams em simples e são os maiores vencedores de slams da história do tênis masculino. O terceiro da lista é o já aposentado Roger Federer, com 20 troféus em torneios deste nível.

A vitória deste domingo também significa que o tenista sérvio voltará a ocupar a posição de número 1 do mundo. Já recordista no quesito, ocupando a liderança do ranking por 373 semanas , ele desbancará o espanhol Carlos Alcaraz, atual #1, e retornará ao topo na segunda-feira, quando começará sua 374ª na posição mais alta do tênis masculino.

Como aconteceu

Djokovic entrou em quadra afiado e agressivo, tomando a dianteira dos pontos e colocando Tsitsipas na defensiva. O grego salvou bravamente dois break points em seu primeiro game de serviço, mas cedeu uma quebra pouco depois ao cometer uma dupla falta em um break point. O sérvio abriu 4/1 e seguiu confirmando seu serviço sem ser ameaçado, enquanto Stefanos parecia precisar de esforços dignos de semideuses mitológicos para manter seu saque. O veterano seguiu confirmando sem drama até fazer 6/3.

A segunda parcial mostrou um Tsitsipas mais sólido, que já conseguia equilibrar as trocas de bola mais longas. Faltava ao grego, porém, pressionar o serviço de Djokovic, que continuava sacando bem e confirmando confortavelmente. Pois a chance apareceu justamente no momento mais delicado da parcial, quando Novak, sacando em 4/5, errou uma esquerda na paralela e cedeu seu primeiro break point, também um set point. O sérvio se salvou com uma ótima direita vencedora (veja abaixo), e a decisão só veio em um nervoso tie-break, com vários erros não forçados. Tsitsipas cometeu o mais pesado deles, quando sacava em 4/4. Djokovic, então, fez os dois pontos com seu serviço e fechou a parcial: 7/6(4).

O terceiro set começou com Djokovic cometendo uma sequência de erros e cedendo uma quebra logo no primeiro game. Tsitsipas, porém, ainda parecia abalado por perder a segunda parcial e não aproveitou a vantagem. No segundo game, também perdeu seu serviço. Depois disso, o duelo voltou a encontrar um equilíbrio, com ambos sacando bem, e foi necessário mais um tie-break. Novamente, Djokovic abriu vantagem cedo, executando uma devolução vencedora e contando com um erro não forcado do grego. Com 3/0 e saque, o sérvio só precisou administrar a vantagem até fechar o game e a partida.

Mais números

O terceiro mais velho: Além de já ser o homem com mais títulos do Australian Open na história, Djokovic, aos 35 anos, é o terceiro mais velho da Era Aberta (a partir de 1968) a vencer em Melbourne. Ele fica atrás apenas de Ken Rosewall (37 anos em 1972 e 36 anos em 1971) e Roger Federer (36 anos em 2018).

10 depois dos 30: O título deste domingo é o décimo slam que Djokovic conquista depois de completar 30 anos. Nole também tem este recorde. Nadal, segundo da lista, levantou oito troféus de slam após os 30 anos. Rod Laver, Roger Federer e Ken Rosewall, "apenas" quatro.

A maior sequência: Djokovic não perde um jogo na Austrália desde as oitavas de final de 2018. De lá para cá, já são 28 vitórias consecutivas, a maior série da Era Aberta em Melbourne. Agassi tem a segundo maior sequência, com 26 triunfos (2000 a 2004), e o próprio Djokovic tem a terceira, com 25 (2011 a 2014).

Mais finais: Novak também é o recordista de finais de slam disputadas. A deste domingo foi a 33ª de sua carreira. Federer (31) e Nadal (30) vêm logo atrás.

Mais títulos que Rafa: Somando todos os títulos (não só os slams), Djokovic é o quarto maior levantador de troféus da Era Aberta do tênis, com 93. Ele agora está à frente de Nadal (92) e atrás apenas de Jimmy Connors (109), Roger Federer (103) e Ivan Lendl (94).

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