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Com time sólido, Brasil deve ter boas chances contra a Alemanha na BJK Cup

Omar Erre/Flickr CBT
Imagem: Omar Erre/Flickr CBT

Colunista do UOL

17/03/2023 19h54

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A capitã do Brasil na Billie Jean King Cup, Roberta Burzagli, manteve a base de seu time na escalação revelada nesta sexta-feira, referente ao grupo que vai enfrentar a Alemanha pelos Qualifiers da competição, nos dias 14 e 15 de abril, em Stuttgart, em quadra indoor de saibro.

Beatriz Haddad Maia, Laura Pigossi, Carol Meligeni, Luisa Stefani e Ingrid Martins formam uma equipe sólida, bem estabelecida e que terá chances - até boas, é bom dizer - contra o time da casa no duelo que vale vaga na fase final da Billie Jean King Cup (que será de 7 a 12 de novembro, ainda sem local definido porque... bem... a ITF do presidente americano David Haggerty tem tido problemas desde que mexeu no formato da Davis e da BJK).

E terá boas chances por alguns motivos diferentes. O primeiro - e bastante óbvio - é a força própria do time. Bia Haddad Maia está estabelecida no top 20 e já se mostrou capaz de derrotar as melhores do mundo. Luisa Stefani é uma das melhores duplistas do planeta. Logo, mesmo que Laura Pigossi não esteja em seu melhor momento, o Brasil de Burzagli, hoje, pode avançar com duas vitórias de Bia mais um triunfo nas duplas.

O outro motivo é que a Alemanha de hoje está longe de ser o time forte de alguns anos atrás, quando podia escalar, potencialmente, Angelique Kerber, Julia Goerges, Andrea Petkovic e quem mais estivesse em um bom momento, fosse Laura Siegemund ou Mona Barthel. Em vez disso, o grupo que vai receber o Brasil terá Tatjana Maria (#70 do mundo), Jule Niemeier (#72), Eva Lys (#118), Anna-Lena Friedsam (#99) e Laura Siegemund (#124, que está na final de duplas de Indian Wells ao lado de Bia!).

Trata-se de um grupo germânico de respeito (são três top 100 de simples e um top 30 de duplas - Siegemund, #28), mas longe de imbatível, mesmo em casa. Se não dá para cravar que o Brasil é favorito, também parece ousado dizer que as donas da casa serão mais cotadas com folga. E se nada mudar até lá (favor acionar spray anti-zika contra lesões de Bia e Luisa), talvez vejamos o Brasil pela primeira vez nesta nova fase final da Billie Jean King Cup. Onde quer que seja.

Coisas que eu acho que acho:

- O grupo de Bia (#13), Laura (#104), Carol (#227) e Luisa (#30 de duplas) praticamente se escala hoje em dia. As quatro estão bem distantes do resto em termos de ritmo de jogo e resultados recentes. Ainda que Gabriela Cé (#239) não esteja muito longe de Carol no ranking, a campineira vem de oitavas em um 125 e final em um 25. O momento escala, e Burzagli faz muito bem ao evitar invencionices na formação.

- Não é difícil imaginar vitórias de Bia sobre Maria, Niemeier e Siegemund. Logo, se a paulista confirmar seu favoritismo em uma quadra de saibro não tão lenta, o Brasil precisará de mais um ponto, que pode muito bem vir nas duplas. E não é exagero nenhum achar que Laura e Bia seriam favoritas, ainda que de leve, contra qualquer formação que a Alemanha coloque em quadra no quinto jogo.

- Para quem não sabe como funciona: a fase final da BJK terá os nove países vencedores dos confrontos dos Qualifiers (Alemanha x Brasil mais oito duelos), além de Suíça (campeã de 2022), Austrália (vice de 2022) e um país convidado, que não foi anunciado - tudo leva a crer que será o país-sede da fase final, mas só teremos certeza quando a ITF anunciar onde será a fase final. Os 12 países serão divididos em quatro grupos de três, e os primeiros colocados de cada grupo avançarão às semifinais.

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