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Na volta ao saibro, Djokovic tem 'vitória ideal' contra #198 do mundo
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Fazia mais de um mês que Novak Djokovic não disputava uma partida oficial (sua opção por não se vacinar contra covid-19 lhe impediu de disputar os Masters de Indian Wells e Miami) e mais de dez meses desde sua última partida no saibro, quando foi derrotado por Rafael Nadal nas quartas de final de Roland Garros. Pois o número 1 do mundo retornou à terra batida nesta terça-feira e com uma boa vitória, que veio em uma atuação conservadora, mas eficiente.
Diante do qualifier russo Ivan Gakhov, de 26 anos e número 198 do ranking, Djokovic sabia que tinha uma certa margem para vencer sem sofrer grandes sustos. Por isso, entrou em quadra disposto a fazer uma atuação sólida, de regularidade e consistência, e foi exatamente isso que o sérvio conseguiu no triunfo por 7/6(5) e 6/2. Foi moderado nos ataques, buscou pouco as linhas e investiu em longas trocas de bola, tentando usar sempre bolas fundas e meio que convidando o menos experiente e preciso Gakhov a atacar primeiro.
O russo, meio ingenuamente, meio sem opção melhor, topou a dança sugerida pelo veterano. Buscou mais as linhas, tentou bolas anguladas e executou mais curtinhas. Aceitou os riscos e fez uma apresentação bastante boa diante das circunstâncias (quadra central cheia, rival superior e piso lento). Chegou a estar uma quebra na frente no primeiro set, quando abriu 4/3, mas perdeu o saque no game seguinte. No tie-break, não fez feio, perdendo apenas por 7/5.
O segundo set, como quase sempre acontece com tenistas de patamares tão distintos, foi mais fácil para Djokovic. Gakhov não conseguiu manter o nível da parcial anterior, enquanto Djokovic sustentou a consistência e, quando abriu 3/2, com uma quebra de frente, passou a jogar ainda mais solto até fechar a partida.
No geral, foi o tipo de partida ideal para Djokovic, sobretudo após tanto tempo sem um jogo oficial. Muitas trocas de bola, um tempo razoável em quadra e uma vitória que não esteve realmente ameaçada em momento algum. Nole e seus fãs não poderiam ter pedido uma estreia melhor em Monte Carlo.
Coisas que eu acho que acho:
- Embora haja o evidente prejuízo de deixar de disputar dois mil pontos no Sunshine Double (IW e Miami), a ausência de Djokovic nos torneios americanos lhe ajuda a longo prazo. O sérvio começa a temporada de saibro fresco, sem problemas físicos, e já com algum tempo de treino no piso. Isso fará diferença para um veterano de 35 anos especialmente na temporada de grama, quando muitos começam a sofrer lesões devido à pesada sequência de partidas.
- Som de hoje no meu Kuba Disco: "Fly to Panama", uma coisa meio indie, meio synthpop da banda nova-iorquina Panama Wedding.
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