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Bia Haddad Maia mostra força e atropela alemã na estreia em Roland Garros

Divulgação/FFT
Imagem: Divulgação/FFT

Colunista do UOL

29/05/2023 14h17

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A estreia de Beatriz Haddad Maia como cabeça de chave em Roland Garros foi digna do "novo" status da brasileira. Atual #14 do mundo, a paulista de 26 anos foi agressiva e não deu chances para a veterana alemã Tatjana Maria, de 35. Sem deixar de atacar do começo ao fim, Bia fez 6/0 e 6/1 e avançou sem problemas à segunda rodada do slam do saibro.

Em sua 12ª participação na chave principal de um slam, Haddad Maia tenta, pela primeira vez, alcançar a terceira rodada, e ela é favorita em Paris para quebrar esse tabu. Sua próxima adversária será a russa Diana Shnaider, de 19 anos, número 108 do ranking mundial. Shnaider estreou com vitória sobre a canadense Rebecca Marino (#81) por 6/3 e 7/5.

Como aconteceu

Durante a maior parte do tempo, Maria fez seu jogo costumeiro, baseado em muitos slices, tanto de direita quanto de esquerda, e sem gerar tanta velocidade, o que dava à brasileira tempo para posicionar-se bem para os golpes e atacar antes da adversária. Logo, ficou claro que Bia ditaria os pontos e caberia a ela disparar winners ou cometer erros não forçados. Os winners vieram.

O duelo começou com uma quebra de saque, e a brasileira disparou na frente, com total comando das ações. Maria até deixou os slices de lado em alguns instantes, mas nada funcionou. Bia aplicou um pneu no primeiro set, começou o segundo com uma quebra e não deu brechas para uma reação da veterana.

O que significa

A vitória desta segunda-feira tem importância especial porque é a primeira de Bia como cabeça de chave em um slam. Desde sua ascensão ao top 30, a paulista esteve entre as pré-classificadas em Wimbledon e no US Open do ano passado e também no Australian Open deste ano. Nos três eventos, somou apenas uma vitória (sobre Konjuh, #117, em Nova York, por duplo 6/0).

A atuação de hoje mostrou uma Bia mais consistente, aparentemente mais preparada para lidar com o status e o favoritismo. Roland Garros é uma bela chance para ela finalmente passar da segunda rodada em um slam, e a estreia, do jeito que se desenrolou, foi o começo ideal.

O potencial de Bia é inquestionável, e os resultados em torneios menores (dois títulos de WTA 250, uma final de WTA 1000, um vice em um 250 e mais uma semi em um 500) sugerem que ela pode fazer o mesmo nos principais eventos do circuito. Roland Garros pode muito bem ser o cenário onde ela finalmente vai dar mais esse salto na carreira.

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