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4 motivos para acreditar na vitória de Bia nas semifinais de Roland Garros

Colunista do UOL

07/06/2023 17h04

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Iga Swiatek, número 1 do mundo e bicampeã (2020 e 2022) de Roland Garros, será a adversária de Beatriz Haddad Maia nesta quinta-feira, nas semifinais do torneio francês. Em cinco partidas no torneio até agora, a polonesa perdeu apenas 15 games. Nenhum set. O saibro é seu piso preferido. Não poderia haver um obstáculo mais alto para a brasileira em Paris neste momento.

Apesar disso tudo, também há motivos para acreditar em uma vitória da brasileira na Quadra Philippe Chatrier. Vejamos alguns:

1. Bia já derrotou Iga

Foi nas oitavas de final do WTA 1000 de Toronto, no ano passado, em quadra dura. Bia superou Iga por 6/4, 3/6 e 7/5, quebrando uma sequência de 17 vitórias da polonesa em torneios da série 1000. Sim, eram circunstâncias diferentes e fases distintas vividas pelas duas tenistas comparadas com momento atual (e Roland Garros tem outro peso, é claro), mas ter um triunfo no currículo (e nenhuma derrota!) contra qualquer adversária injeta uma certa dose de confiança.

2. Força mental

A essa altura, não cabe duvidar do que Beatriz Haddad Maia é capaz de fazer em Roland Garros. Na terceira rodada, salvou match point após levar uma enorme virada no terceiro set. Nas oitavas, esteve 7/6 e 3/0 abaixo. Nas quartas, perdeu o primeiro set para uma tenista que era favorita e esteve perto da derrota quando sacou em 3/6, 5/5 e 15/40.

Resumindo? Bia já superou todo tipo de adversidade, e isso funciona quase como um ciclo virtuoso. Para sair de uma situação dura, é preciso ter uma rara força interna. Sair de um cenário assim alimenta essa força. E assim por diante. Logo, a Bia que chega às semis de Roland Garros é a melhor e mais forte versão da brasileira, sobretudo no saibro.

3. Segundo saque x devoluções

Iga tem um excelente primeiro serviço, mas seu segundo saque é vulnerável. A cazaque Elena Rybakina (número 4 do mundo) sempre consegue se aproveitar disso e agredir nas devoluções, colocando a polonesa na defensiva. Também por isso, Rybakina venceu seus últimos três duelos com a número 1 do mundo.

Nesta quarta, contra Jabeur, Bia mostrou (mais uma vez) que consegue atacar já na devolução, colocando-se dois passos para dentro da quadra e buscando winners imediatamente. Se conseguir contra Iga o mesmo sucesso que teve contra Jabeur no terceiro set, a brasileira se coloca em uma ótima posição para derrubar a favorita.

4. Oscilações de Iga

Em um dia normal, Iga Swiatek é a melhor tenista do circuito mundial no saibro hoje em dia. A polonesa tem um pacote raro. É capaz de ser agressiva com top spin, empurrando adversárias para longe da linha de base, mas também pode ser letal com bolas chapadas. Sabe dar curtinhas e lobs como poucas e também sabe o que fazer perto da rede. Quando tudo funciona, Iga é implacável, e seu histórico em Roland Garros valida tudo que acabei de escrever.

Dito isto, a polonesa tem suas oscilações. Especialmente quando joga de maneira muito agressiva, Iga tende a "se empolgar" e passar do ponto no ataque. Eventualmente, cede erros não forçados e games de saque. Se Bia se mantiver concentrada e estiver atenta a esses momentos, pode aproveitar para encaixar ótimas sequências durante a partida e fazer a diferença. As chances devem aparecer. Veremos se a brasileira conseguirá aproveitá-las.

5. Bonus round

Veja abaixo os melhores momentos do jogo entre Bia e Iga no WTA de Toronto:

Bia Haddad Maia x Iga Swiatek será o último jogo da Quadra Philippe Chatrier nesta quinta-feira, e deve começar por volta das 12h (de Brasília). ESPN, Star+ e SporTV mostram Roland Garros ao vivo.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL