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Djokovic sai atrás, mas brilha sob pressão e vai à semi em Wimbledon

Reuters
Imagem: Reuters

Colunista do UOL

11/07/2023 15h47

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Não foi uma atuação espetacular para o padrão Novak Djokovic de qualidade, e o sérvio viveu seus altos e baixos na Quadra Central nesta terça-feira, diante de Andrey Rublev, número 7 do mundo. O veterano até saiu atrás no placar, mas reagiu e se não foi brilhante do começo ao fim, foi magistral quando esteve sob pressão. No fim, saiu de quadra com uma bela vitória por 4/6, 6/2, 6/4 e 6/3 e uma vaga nas semifinais do Torneio de Wimbledon.

Em busca de seu oitavo título no slam da grama - seu quinto consecutivo - Djokovic, 36 anos e atual número 2 do ranking, vai encarar na sequência o italiano Jannik Sinner (#8), que avançou ao fazer 6/4, 3/6, 6/2 e 6/2 em cima do russo Roman Safiullin (#92). Nole venceu o italiano nas duas vezes que eles se encontraram no circuito, mas precisou sair de 2 sets a 0 abaixo diante de Sinner nas quartas de final de Wimbledon do ano passado.

Os momentos-chave

Rublev encarou os primeiros break points do jogo no sexto game, mas se salvou de todos os três indo ao ataque e forçando erros de Djokovic. Sem mudar seu plano de jogo, o russo manteve-se na ofensiva sempre que possível e foi recompensado. No nono game, quebrou Djokovic na primeira oportunidade que teve, disparando uma direita indefensável. No game seguinte, fechou a parcial em 6/4.

Djokovic deu a resposta logo no primeiro game de saque de Rublev no segundo set. O sérvio não só quebrou o saque do russo como salvou dois break points para abrir 3/0. A sequência derrubou os ânimos de Rublev, que não ofereceu mais resistência na parcial, que terminou em 6/1 para o veterano.

O jogo continuou com bons duelos de fundo de quadra, mas Djokovic vencia a maioria dos pontos importantes. No segundo game do terceiro set, salvou dois break points. No quinto, converteu uma chance e quebrou Rublev.

A vantagem continuou até o décimo game, quando o russo teve mais três chances de quebra. Nole salvou-se da primeira fazendo saque-e-voleio, viu o oponente errar uma esquerda na segunda, e usou uma bela curtinha para escapar e, pouco depois, fazer 6/4.

A quebra que decidiu o quarto set veio logo no começo, no terceiro game. Rublev seguiu lutando, mas não conseguiu furar a defesa de Djokovic, que seguia firme em todos pontos importantes. No nono game, outra quebra do heptacampeão selou a fatura.

Em números

Djokovic agora tem sete vitórias seguidas sobre tenistas top 10 em Wimbledon. Sua última derrota para um top 10 foi na final de 2013, quando Andy Murray foi campeão.

O encontro de hoje foi a partida de número 400 de simples para Djokovic em torneios do Grand Slam. Na história, apenas Roger Federer (429) e Serena Williams (419) fizeram mais jogos de simples em slams.

Com a vitória de hoje, Djokovic alcança sua 46ª semifinal de slam, igualando o recorde masculino. Federer também soma 46.

Djokovic agora soma 33 vitórias seguidas em Wimbledon. Sua última derrota aconteceu no torneio de 2017.

Apesar d postura agressiva de Rublev, foi Djokovic quem somou mais winners: 41 a 32. O sérvio também cometeu menos erros não forçados: 23 a 25.

Ao todo, Djokovic encarou oito break points na partida. Salvou sete.

Para a história

Ao buscar o título de Wimbledon, Djokovic busca também:

Igualar-se à australiana Margaret Court, atual maior vencedora de slams em simples da história, com 24 troféus.

Igualar Roger Federer como o maior campeão de Wimbledon entre os homens, com oito troféus.

Tornar-se, aos 36 anos, o tenista mais velho da Era Aberta a conquistar Wimbledon. O recorde é de Federer, que venceu o torneio em 2017 com 35 anos e 342 dias.

Tornar-se o segundo homem da história a vencer os três primeiros torneios slams da temporada em duas oportunidades. O outro foi o australiano Rod Laver, que, em 1962 e 1969, fechou o Grand Slam de calendário. Djokovic também venceu os três primeiros slams do ano em 2021, mas perdeu a final do US Open para Daniil Medvedev.

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