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Campeão do US Open e #1, Fonseca ainda cogita jogar tênis universitário

Quando começou sua participação no US Open, João Fonseca já tinha uma ideia de que poderia ser seu último torneio como juvenil. O plano sempre foi entrar no circuito profissional, crescer e chegar à elite. No entanto, o carioca de 17 anos, agora campeão do torneio nova-iorquino, ainda considera a hipótese de disputar o circuito universitário nos Estados Unidos em algum momento.

Em coletiva online nesta segunda-feira, na Dinamarca, onde está junto com o time brasileiro da Copa Davis, Fonseca não quis revelar com quais universidades vem conversando, mas admitiu que a possibilidade existe.

"Estou deixando as duas portas abertas. Tenho falado com duas universidades, e acho que consigo [esperar para decidir] até junho do ano que vem. Acho que seria uma experiência boa passar oito meses lá, trancar e depois seguir para a carreira profissional, mas não quero decidir nada agora, não quero afirmar nada agora. Por isso, estou deixando as duas portas abertas e ver onde é que vai dar. Se em junho do ano que vem eu estiver com um ranking muito bom e a cabeça muito boa, eu sigo com a carreira profissional. Se eu quiser ir para a universidade, eu vou acabar indo."

Qualquer que seja a decisão, Fonseca pensa em estudar algo em relação a business. "Meu pai trabalha no mercado financeiro e tenho falado com algumas pessoas que ele me indicou a falar, mas prefiro não dizer agora com que universidades estou conversando", completou.

Veja abaixo o que mais Fonseca falou na coletiva:

Sobre os objetivos para 2023:

"Minha meta era terminar o ano como top 10 [no ranking mundial juvenil] por conta dos wild cards da ITF. Eu consigo oito wild cards para Challengers no ano que vem. Estava pensando em ano que vem mesclar entre juvenil e profissional, mas agora, com essa vitória - ainda não discuti direito com meu treinador - mas acredito que minha carreira no juvenil acabou. Tem um trabalho feito no juvenil já e vou ter muito mais confiança para essa transição para o profissional."

Sobre o estilo de jogo agressivo:

"Sempre foi uma característica minha. Com 11 anos, eu jogava com boné pra trás e metia a mão na bola. Uma ia na tela, outra era winner, mas eu gostava de bater na bola, independentemente de onde ela ia. Meu treinador sempre falou que eu sou um dos caras mais corajosos porque independentemente do ponto, eu quero bater na bola. Digo que é uma característica minha. Durante o jogo inteiro [a final do US Open], com certeza fiquei nervoso, mas não deixei de bater na bola."

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Sobre o que precisa evoluir para competir entre os profissionais:

"O pessoal no profissional é muito mais maduro, são pessoas mais velhas, e o nível é muito alto. É o mundo real. Tenho que cada vez trabalhar mais duro. Sou novo, eu já trato o esporte como trabalho. Acordar cedo, chegar no treino, rotina e tudo mais. Tenho que fazer tudo em dobro. Eu deveria melhorar meu físico. Estou melhorando, mas tenho que melhorar cada vez mais. E técnica... tenho muitas pequenas coisas a melhorar. Eu diria que as maiores coisas são o amadurecimento e o físico.

Sobre a conquista do US Open juvenil:

"Logo depois das quartas de final, eu botei na minha cabeça que queria ir para o título. Estava super confiante, jogando super bem, eu já sabia que além de ganhar um slam, eu seria número 1. Depois que tudo aconteceu, eu nem acreditei direito. Só me entreguei no chão, falei 'acabou'. Abracei meu treinador, minha família, foi super emocionante. Na hora, nem me liguei no número 1, só em ganhar um slam, que é uma coisa muito grande, sempre foi um sonho meu."

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