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Em cinco sets, Medvedev vira sobre Zverev e volta à final na Austrália

Pela terceira vez na carreira, Daniil Medvedev está a uma vitória do título do Australian Open. Desta vez, o russo, atual número 3 do mundo, precisou sair do fundo do poço para conquistar uma vaga na decisão. Na semifinal desta sexta-feira, esteve perdendo por 2 sets a 0 para o alemão Alexander Zverev (#6) antes de iniciar uma reação magnífica, vencer dois tie-breaks e triunfar por 5/7, 3/6, 7/6(4), 7/6(5) e 6/3, em 4h18min de jogo.

Medvedev esteve a três pontos da eliminação no terceiro set, quando o tie-break esteve igualado em 4/4, e a dois pontos da derrota na quarta parcial, quando Zverev sacou em 5/4 no game de desempate. O russo, contudo, encontrou uma maneira de se recuperar, teve uma pitada de sorte no fim do quarto set e contou com os nervos do oponente para abrir vantagem no quinto set.

A decisão de domingo será a sexta vez de Medvedev em uma final de slam. Campeão do US Open de 2021, o russo foi vice no Australian Open em 2021 (perdeu para Djokovic) e 2022 (Nadal) e no US Open em 2019 (Nadal) e 2023 (Djokovic). O adversário desta vez será o italiano Jannik Sinner (#4, 22 anos), que surpreendeu e eliminou o favoritíssimo Novak Djokovic na primeira semifinal desta sexta-feira.

Freguesia ampliada

O histórico de confrontos diretos agora registra 12 a 7 a favor de Medvedev, mas o russo vem estabelecendo uma freguesia recentemente. Desde o começo do ano passado, Medvedev e Zverev já se enfrentaram sete vezes, e o triunfo desta sexta-feira foi o sexto de Daniil no período.

Como aconteceu

Sascha dominou o começo do jogo e parecia rumar para um triunfo tranquilo no primeiro set quando abriu 4/1 e teve duas quebras de vantagem. A consistência de Medvedev, no entanto, era um desafio constante, e foi assim que o russo se recuperou na parcial. Devolveu a primeira quebra no sexto game e a segunda no décimo, quando o alemão sacou para fechar o set. Daniil, contudo, não conseguiu manter o embalo. Foi quebrado no 11º game e perdeu dois break points no 12º, antes de Zverev fazer 7/5 e sair na frente.

Taticamente, o jogo era um teste de consistência e paciência para ambos, com muitas trocas longas. Zverev vinha sacando melhor e tinha mais sucesso nos pontos curtos do que o russo. Medvedev era frequentemente pressionado e começou o segundo set salvando um break point. Salvou mais três no quinto game, mas acabou quebrado quando foi forçado a um erro de esquerda. Sascha não vacilou. Com mais uma quebra no nono game, fez 6/3 e abriu uma grande vantagem.

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O terceiro set foi mais equilibrado, e Medvedev finalmente voltou a ameaçar o serviço de Zverev. Sascha, entretanto, salvou dois break points no terceiro game e mais um no nono. O tempo e o placar pressionavam o russo, que se segurava e conseguiu forçar o tie-break. O game de desempate foi parelho até chegar a 4/4. Medvedev, então, ganhou um belo rali, conquistou um mini-break e teve a chance de sacar para o set. Sem vacilar, confirmou os dois pontos com seu serviço, fez 7/6(4) e forçou o quarto set.

Daniil ganhou confiança, passou a sacar ainda melhor, e o jogo parecia mudando aos poucos a seu favor. O russo teve dois break points no oitavo game, mas Zverev encaixou ótimos saques e se salvou. Foram as duas únicas chances de quebra de toda a parcial. Logo, um novo tie-break se fez necessário. Mais uma vez, o game final foi equilibrado. Na virada, o placar mostrava 3/3. O equilíbrio se manteve até que Medvedev bobeou. Fez uma dupla falta e permitiu que Zverev sacasse em 5/4. O russo, porém, se recuperou com um belo ponto e uma direita vencedora que igualou o placar outra vez (5/5). Em seguida, uma devolução curta e acidental pegou o rival despreparado e lhe valeu um set point (veja abaixo). Então, com um ace, Daniil levou o jogo para o quinto set.

O lance de azar parece ter abalado Zverev, que voltou para o quinto set mais nervoso e errático. No quinto game, após erros bobos e um momento de raiva em que tirou a rede do lugar, acabou quebrado. Medvedev, mais sólido do que nunca, abriu 4/e a não olhou mais para trás.

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Reportagem

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