Miami confirmou: hoje, Jannik Sinner é o melhor do mundo
A atuação assombrosa deste domingo, que garantiu a Jannik Sinner uma vitória maiúscula por 6/3 e 6/1 sobre um Grigor Dimitrov que foi soberbo nas últimas duas semanas, apenas confirmou o que o mundo do tênis sente há alguns meses. O italiano de 22 anos é, atualmente, quem joga o melhor tênis no planeta.
Em 2024, Sinner soma 22 vitórias e apenas uma derrota (para Alcaraz, nas semifinais de Indian Wells). Começou a temporada conquistando o Australian Open, seu primeiro slam, e emendou levantando a taça do ATP 500 de Roterdã, em fevereiro. Agora, em março, faz outra campanha irretocável e conquista Miami. Três taças em quatro torneios, empilhando vitórias sobre rivais de peso como Novak Djokovic, Daniil Medvedev (2x), Andrey Rublev, Ben Shelton e, agora, Grigor Dimitrov.
Não é uma fase que começou em janeiro. Sinner vem dominando o circuito desde agosto do ano passado, quando foi campeão do 1000 de Cincinnati. Depois disso, ganhou o 500 de Pequim, o 500 de Viena e a Copa Davis. Ainda foi vice no
ATP Finals. Com tudo isso, aparecerá na próxima segunda-feira como o novo número 2 do mundo, deixando para trás Carlos Alcaraz e vendo apenas Novak Djokovic à sua frente.
E se o sérvio segue como número 1 no ranking, os confrontos diretos recentes entre ele e Sinner dão a medida exata do momento do italiano: nos últimos quatro jogos, Jannik bateu Novak em três. Na semi do Australian Open, na semi da Copa Davis e na fase de grupos do ATP Finals. O que extermina o argumento do "só está ganhando porque não enfrentou o número 1." Hoje, Sinner joga o melhor tênis do planeta. Fatos e números não dão margem para debate.
HOW DOES HE DO THAT
? Tennis TV (@TennisTV) March 31, 2024
Top notch, @janniksin #MiamiOpen pic.twitter.com/uscOBmYTGr
Coisas que eu acho que acho:
- O circuito entra agora na temporada de saibro, piso em que Sinner não costuma ter tanto sucesso, mas isso também significa que ele tem pouco a defender em relação a Djokovic, e sua chance de tomar a liderança do ranking é real. A diferença entre eles agora é de 1.015 pontos, mas de hoje até o fim do US Open, o italiano tem "apenas" 2.630 pontos a defender. Djokovic tem 6.515.
- Alcaraz também sai em alta do Sunshine Double. Reencontrou uma maneira de jogar mais consistente - ainda que mais comedida - e foi campeão em Indian Wells. Na Flórida, só foi contido por um inspirado Dimitrov, que foi o grande nome em Miami, encaixando uma atuação enorme atrás da outra. Bateu três top 10 (Hurkacz, Alcaraz e Zverev) em sequência e só parou em Sinner.
- Em baixa, evidentemente, sai Djokovic, que decepcionou em Indian Wells, não foi a Miami e não só anunciou o fim da parceria com seu técnico, Goran Ivanisevic, mas também disse que não sabe se contratará um treinador em breve - o que costuma ser um mau sinal para veteranos, mesmo considerando que Nole é a exceção das exceções e deve ser tratado como tal.
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