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Nadal mostra evolução e empolga ao dar troco em De Minaur

O adversário foi o mesmo da derrota de quase duas semanas atrás, em Barcelona - o que ajuda na análise. O resultado, muito diferente. Em Madri, com uma pulsante torcida a seu favor, Rafael Nadal mostrou-se um tenista superior ao que competiu na Catalunha. Aplicou 7/6(6) e 6/3 sobre Alex de Minaur, atual número 11 do mundo, e avançou à terceira rodada na capital espanhola.

Não, não foi o Nadal dos grandes dias. Longe disso. O Rafa deste sábado teve seus altos e baixos típicos de quem não recuperou o ritmo habitual de competição e, sobretudo, de quem não está 100% recuperado fisicamente. Foi um Nadal que empolgou em diversos momentos com winners de forehand, curtinhas ou encontrando maneiras de sair da defesa para o ataque. Foi, também, um veterano hesitante em outros instantes e quase deixou escapar um tie-break que estava sob seu controle (6/2). No fim, seu tênis inteligente, com menos erros do que na semana passada, prevaleceu.

O melhor sinal, entretanto, foi o serviço. Rafa ganhou poucos pontos de graça com o fundamento (De Minaur não conseguiu devolver apenas cinco saques dos 60 que o espanhol executou), mas conseguiu consistência com mais velocidade. Sumiram os saques de 160, 150 e até 140km/h que foram frequentes em Barcelona. Nesta semana, em Madri, o Rei do Saibro manobrou quase sempre acima da casa dos 170km/h, com alguns saques aqui e ali se aproximando dos 200km/h. Um sinal mais do que animador para quem passou tanto tempo afastado por uma lesão abdominal.

É cedo para falar em títulos, grandes conquistas e sobretudo em um triunfo de despedida em Roland Garros. Entretanto, vale curtir o Rafa que se propôs a entrar em quadra em Madri e vem se mostrando competitivo. Seu próximo jogo, bastante ganhável, é contra o argentino Pedro Cachín. Se alcançar as oitavas, Nadal vai enfrentar Thiago Monteiro ou o tcheco Jiri Lehecka. Difícil prever o que vai acontecer, especialmente em relação ao corpo do ex-número 1. É, contudo, um roteiro que nenhum fã de tênis deveria perder.

Coisas que eu acho que acho:

- Nadal foi, como sempre, comedido ao falar de sua atuação. Indagado em quadra sobre se o "velho Rafa Nadal" estava de volta, respondeu que "Ainda não. É preciso tempo. Acho que por alguns momentos, houve um bom nível de tênis e consegui fazer coisas positivas, mas ainda com altos e baixos. Estou muito feliz por ser competitivo contra um grande jogador como Alex. Jogar mais de duas horas significa muito para mim."

- Sobre a chance de voltar a vencer coisas grandes este ano, mais uma resposta conservadora: "Acredito que o [meu] tênis não foi um problema nos últimos anos. Foram mais questões físicas. Se eu conseguir jogar semanas seguidas, verei até onde conseguirei ir e o quão competitivo serei. Não é o caso aqui. Passo a passo e veremos como eu vou me recuperar."

- Ainda vou escrever sobre a grande vitória de Thiago Monteiro sobre Stefanos Tsitsipas. Tudo em seu devido tempo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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